Para os iniciantes, o inverno cripto pode parecer não ter fim, mas ele passa. Após um 2022 turbulento para a economia e investimentos, tudo aponta que o mercado de criptomoedas restaurará seu ânimo em 2023.
Ciclos do de alta e baixa são historicamente característicos desse mercado e, apesar de incerto, projetos bem fundamentados como o bitcoin (BTC) e ethereum (ETH) se recuperam e trazem ótimos retornos no longo prazo.
Longe de ser mero achismo, essa expectativa surge pela aproximação do halving do BTC, ascendente adoção das criptomoedas no mundo e crescimento de novos setores para o desenvolvimento para criptoativos, como para segmentos de DeFi (Finanças Descentralizadas), Web3 e “Cultura Digital”.
Ainda que tenha causado desconfianças por conta dos acontecimentos de 2022, a tecnologia por trás das criptomoedas e do blockchain está apenas em fase inicial, tendo muito espaço para inovação e desenvolvimento.
Tudo começa pela bitcoin…
O ano de 2023 precede o halving do bitcoin, um dos eventos mais esperados no ecossistema cripto, pois esse procedimento, que acontece a cada 4 anos, reduz pela metade a emissão de novos BTCs na rede.
Saber disso é importante porque, um ano após o halving, o mercado “ressurge das cinzas”, cresce e atinge o topo pelo princípio básico da economia: oferta menor, demanda maior, preço mais alto, como exemplificado abaixo:
- Em 2018, após um período meteórico que elevou o preço da moeda a US$ 20.000, o bitcoin (BTC) caiu 84%, para US$ 3mil;
- Em novembro de 2020, o BTC “ressurgiu das cinzas” e subiu para US$ 17.500 em uma velocidade estrondosa;
- Em maio de 2021, o BTC caiu praticamente 50% em apenas um dia. Mas logo se recuperou e atingiu um máximo de US$ 69 mil no final daquele ano.
De fato, é impossível saber se isso vai ocorrer de novo, mas tem acontecido: os próximos dois anos devem ser de muita construção no setor, sendo o halving um catalisador de impulso para um novo ciclo de alta.
Quatro ascensões — não óbvias — que o criptomercado deve assistir em 2023
Primeiro, é provável que vejamos um aumento da regulamentação dos ativos digitais, que pode levar a uma maior confiança dos big players e a uma maior adesão às criptomoedas por negócios e instituições financeiras.
Além disso, é bem possível que novas plataformas e aplicativos tornem mais fácil a experiência de quem quer comprar, negociar ou armazenar criptoativos, fazendo com que aumente a demanda por eles e até mesmo sua implementação em estabelecimentos.
Outra tendência que pode influenciar o criptomercado em 2023 é a expansão da blockchain pelas empresas, visto que esse banco de dados imutável traz soluções ágeis e informações mais transparentes do qual otimiza processos.
Por fim, há uma boa possibilidade para 2023 de acontecer a intensificação da tokenização de ativos, principalmente os novos produtos financeiros que apresentam rentabilidade superior à renda fixa dos títulos públicos ou CDBs visando o público mais conservador.
Ganha jogo quem pensa além do curto prazo
Embora novas arquiteturas de negócios e tendências de preços das criptomoedas sejam realmente possíveis, ninguém tem bola de cristal para realmente prever o que acontecerá em 2023.
Apesar disso, à medida que o criptomercado se aperfeiçoa, é provável que as soluções de diversos projetos cripto sejam adotados para uma ampla gama de casos de uso, como gerenciamento de cadeias de suprimento, verificação de identidade, transações financeiras no dia a dia, entre outros.
Por isso, a melhor coisa a se fazer é criar uma estratégia visando o longo prazo, ainda mais quando se pensa que quem investiu em BTC e segurou a moeda por pelo menos 4 anos nunca perdeu dinheiro.
Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano. |
*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.
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