O Ibovespa encerrou em alta nesta quarta-feira (28), em movimentos pautados por articulações do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para a montagem do seu ministério, de dados do mercado de trabalho mais fracos e, no cenário internacional, da flexibilização das restrições sanitárias contra a covid-19 na China apesar do aumento do número de infecções. O dólar, por sua vez, teve alta.
No dia, o Ibovespa avançou 1,53%, aos 110.236 pontos. Já o dólar recuou 0,61%, negociado a R$ 5,2533.
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Em meio a preocupações com o rumo fiscal do país, agentes financeiros também repercutiram a perspectiva de a desoneração dos combustíveis ser revertida no próximo ano, bem como notícias sobre um eventual novo arcabouço fiscal para o país.
O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu na véspera ao atual governo que deixe vencer no dia 31 de dezembro a desoneração de impostos federais sobre combustíveis, e indicou ter tido uma resposta positiva do atual ministro da Economia.
Caso se confirme, a avaliação no mercado é de que o fim da isenção pode fortalecer a arrecadação, embora possa levar a um repique inflacionário.
Também no radar esteve declaração de Haddad, de que o novo governo deve apresentar nos primeiros dias de janeiro um “plano para solucionar o rombo que o (atual) governo deixou”.
Na visão de Bruno Madruga, sócio e chefe de renda variável da Monte Bravo Investimentos, o tom mais positivo na bolsa seguia o alívio na curva de juros com notícia sobre uma proposta do atual governo para alterar a regra do teto de gastos.
De acordo com reportagem do Estadão/Broadcast, o projeto incorpora a evolução do PIB no cálculo do teto de gastos e integrantes do chamado “centrão” querem amarrar as ideias e apresentar no Congresso uma PEC no começo de fevereiro.
“O texto dessa PEC pode ser usado pelo centrão para reduzir a margem de manobra do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e pautar também o debate fiscal para o ano que vem”, disse Madruga, entendendo que isso beneficia os ativos brasileiros.
Estrategistas do Bradesco BBI reduziram a exposição a ações brasileiras em seu portfólio de América Latina, enxergando riscos diante da falta de um uma âncora fiscal crível, mas seguiram com recomendação ‘overweight’.
No exterior, commodities como o minério de ferro e o petróleo tiveram um comportamento misto, enquanto Wall Street encerrou no vermelho.
A B3 divulgou a terceira e última prévia do Ibovespa que irá vigorar nos primeiros quatro meses do próximo ano, excluindo as units da SulAmérica e confirmando a saída de Positivo e IRB Brasil, sem inclusões.
Bolsas Mundiais
Wall Street
Os principais índices de Wall Street encerraram em queda e o índice de tecnologia Nasdaq atingiu uma mínima de fechamento em 2022 nesta quarta-feira, conforme investidores enfrentaram dados econômicos mistos, aumento de casos de covid-19 na China e tensões geopolíticas esperadas para 2023.
O Dow Jones caiu 1,1%, para 32.875,71 pontos. O S&P 500 perdeu 1,2%, a 3.783,22 pontos. O Nasdaq recuou 1,35%, para 10.213,29 pontos.
Europa
As ações europeias fecharam em baixa nesta quarta-feira, pressionadas pelas quedas nas ações de energia, enquanto o FTSE 100 do Reino Unido superou seus pares após o feriado de Natal. O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,13%, a 427,46 pontos.
- Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,32%, a 7.497,19 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,50%, a 13.925,60 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,61%, a 6.510,49 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,36%, a 23.770,44 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,00%, a 8.258,50 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,46%, a 5.730,28 pontos.
Ásia e Pacífico
As ações da China caíram enquanto as ações de Hong Kong saltaram nesta quarta-feira, conforme investidores avaliavam o desmantelamento da China da maioria de suas regras de controle da covid.
Os gigantes da tecnologia listados em Hong Kong subiram 2,1%, depois que seus pares listados nos EUA saltaram durante a noite. O índice Nasdaq Golden Dragon China subiu 2,1% em Wall Street.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei <.N225> recuou 0,41%, a 26.340 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG <.HSI> subiu 1,56%, a 19.898 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC <.SSEC> perdeu 0,26%, a 3.087 pontos.
- O índice CSI300 <.CSI300>, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,43%, a 3.871 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI <.KS11> teve desvalorização de 2,24%, a 2.280 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX <.TWII> registrou baixa de 1,08%, a 14.173 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES <.STI> valorizou-se 0,02%, a 3.266 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 <.AXJO> recuou 0,30%, a 7.086 pontos.
*Com informações da Reuters.
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