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Economia

Ficou Sabendo? Posse de Mercadante; preço do petróleo estável e real forte

Posse de Mercadante está marcada para a próxima segunda e rreços do petróleo se estabilizam com maior demanda nos EUA e dólar mais fraco.

BNDES marca posse de Mercadante para a próxima segunda-feira, dia 6

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) marcou para a próxima segunda-feira (06), às 10 horas, a posse de seu novo presidente, Aloizio Mercadante, e da nova diretoria.

Houve convite aos funcionários do Banco, na forma de comunicado interno.

O evento vai acontecer no Teatro Arino Ramos Ferreira e vai contar com transmissão simultânea para o Auditório Reginaldo Treiger e para o Canal do BNDES no Youtube, informou a instituição.

Um funcionário demonstra uma amostra de petróleo bruto no campo de petróleo de Yarakta, propriedade da Irkutsk Oil Company, na região russa de Irkutsk 04/01/2023 REUTERS/Vasily Fedosenko/Illustration

Preços do petróleo se estabilizam com maior demanda nos EUA e dólar mais fraco

Os preços do petróleo se estabilizaram nesta terça-feira (31), depois de se recuperarem de uma mínima de quase três semanas, recebendo apoio de um dólar enfraquecido e de dados que mostraram que a demanda por petróleo e derivados nos EUA aumentou em novembro.

O contrato Brent mais ativo de segundo mês fechou a US$ 85,46 o barril, alta de 0,96 dólar ou 1%, enquanto os contratos futuros de petróleo nos EUA (WTI) fecharam a US$ 78,87 o barril, alta de 0,97 dólar ou 1,3%.

Mais volatilidade no dia do vencimento manteve o contrato do primeiro mês sob pressão, já que os traders fecharam posições, disse o analista da Mizuho, Robert Yawger. O contrato do primeiro mês fechou em US$ 84,49 o barril, uma queda de 0,41 dólar.

Durante a sessão, os contratos futuros de primeiro mês do Brent e os futuros do WTI atingiram seus níveis mais baixos em quase três semanas, com os traders preocupados com as perspectivas de novos aumentos nas taxas de juros e fluxos abundantes de petróleo russo.

Os contratos futuros de abril de Brent e WTI do primeiro mês subiram depois que a Administração de Informação de Energia dos EUA informou que a demanda por petróleo e produtos petrolíferos do país aumentou em 178.000 barris por dia (bpd) em novembro, para 20,59 milhões de bpd, o maior volume desde agosto.

Os benchmarks do petróleo também foram apoiados por um dólar americano mais fraco, disse o analista do UBS, Giovanni Staunovo. Isso torna o petróleo denominado em dólares mais barato para os compradores estrangeiros.

Real pode superar pares apesar de ruídos, diz AllianceBernstein

O real pode repetir a predominância entre pares emergentes ao longo de 2023, mesmo que a moeda esteja combalida por ruídos do governo Luiz Inácio Lula da Silva, segundo a AllianceBernstein.

A política monetária restritiva, o patamar de preços de commodities e as contas externas brasileiras saudáveis tendem a impulsionar a divisa, que liderou os ganhos entre emergentes em 2022 e iniciou o ano atrás de rivais, como peso mexicano, peso colombiano e peso chileno, avalia a gestora, que administra mais de US$ 613 bilhões (R$ 3 trilhões) em ativos.

“Se você olhar as métricas para câmbio, provavelmente o Brasil tem as melhores entre todos os emergentes, e o real é uma das emergentes mais depreciadas em relação ao seu valor justo”, disse Katrina Butt, economista para mercados emergente da AllianceBernstein. “Só é o começo do ano, então, certamente você pode ver uma performance da moeda melhor que a dos pares ao longo de 2023” a depender dos anúncios de política fiscal, segundo ela.

A previsão da gestora é de que o dólar encerre o ano de 2023 a R$ 5,00. Trata-se de um nível observado pela última vez em junho de 2022. Para um patamar ainda menor, de R$ 4,80, não bastariam os juros reais bastante positivos, mas “todas as condições certas” — inclusive externas. “O ambiente global parece estar apontando para a fraqueza do dólar, então, isso deve ajudar”, disse.

A inflação cadente no Brasil, somadas a uma política fiscal responsável e à perspectiva de que o Fed não tenha que apertar os juros com doses maiores, poderiam fazer o Banco Central iniciar o ciclo de cortes mais rapidamente no segundo semestre. Para ela, o BC pode reduzir a Selic entre 2,5 pontos e 3,0 pontos percentuais ainda este ano, mais do que o mercado precifica neste momento.

Em busca do fluxo

Para a economista, o cenário atual não aponta para um “grande deslize fiscal” no Brasil. “Houve um receio de que fosse ser um governo horrível no fiscal e não acho que esse será o caso”, disse. 

Ela enxergou o recente anúncio de medidas fiscais pela equipe econômica como um “aceno” do governo ao mercado, no sentido de responsabilidade fiscal, mas há dúvidas sobre quanto da receita estimada pelo time do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai se materializar. O governo mira um déficit entre 0,5% e 1% do PIB.

Katrina afirma que o investidor estrangeiro apostou na vitória de um governo Lula pragmático pré-eleições e acabou voltando atrás, receoso com o tom dos discursos fiscais. “Isso parece estar mudando. Se ocorrer mesmo, podemos ver fluxo para o Brasil, mas ainda há algumas perguntas em aberto”, diz.

*Com informações da Reuters, Estadão Conteúdo e Bloomberg

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