*ARTIGO
O bitcoin (BTC) tem ganhado destaque nos últimos anos como uma forma de investimento, principalmente devido às suas características como moeda digital descentralizada e finita. Nesse contexto, um evento programado no seu software tem chamado a atenção: o halving, que é estimado para acontecer no dia 28 de março de 2024.
A expectativa dos investidores em relação ao halving é que a escassez de moedas no mercado leve a um aumento no preço, impulsionando a valorização do ativo, tal como foi nos ciclos anteriores. Afinal, nos mercados normais, uma oferta menor para uma demanda estável geralmente leva a preços mais altos.
Nesse contexto, investidores têm se preparado para potencializar seus ganhos em meio à expectativa de uma nova alta no preço do BTC e pode ser até mesmo uma oportunidade para aqueles que ainda estão de fora ou de recuperação para aqueles que entraram no topo histórico e estão no prejuízo.
O que é halving do BTC e como ele funciona
O halving é um evento programado que ocorre aproximadamente a cada quatro anos na rede bitcoin, e tem como objetivo de reduzir pela metade a recompensa de BTC que os mineradores recebem por cada bloco minerado da moeda. Desde seu lançamento em 2009, ocorreram três halvings: em 2012, 2016 e 2020.
Algumas das principais características do halving do bitcoin incluem:
- Diminuição da recompensa da mineração: o halving reduz pela metade a quantidade de moedas que os mineradores recebem por adicionar um novo bloco ao blockchain.
- Aumento da dificuldade da mineração: à medida que a quantidade de BTC em circulação diminui, a mineração se torna mais difícil e exige mais poder de capacidade computacional.
- Impacto na oferta e na demanda: como a quantidade de bitcoin disponível no mercado diminui, a oferta se torna mais escassa, o que pode afetar a demanda e, consequentemente, o preço da criptomoeda.
Na imagem abaixo, vemos o impacto do halving na taxa de inflação do bitcoin durante cada período (linha laranja) e do número total de BTC gerados na rede (linha azul).
Em resumo, o halving é um evento extremamente importante e aguardado para a rede bitcoin, que tem como objetivo controlar a emissão de novas unidades da moeda, o que impacta a oferta e a demanda do BTC, podendo afetar positivamente seu preço no mercado.
O que aconteceu nos halving anteriores?
A primeira redução na recompensa da mineração do bitcoin ocorreu em novembro de 2012, quando foi reduzida de 50 BTC para 25 BTC. Em seguida, em julho de 2016, ocorreu o segundo halving, onde os ganhos por bloco minerado caiu para 12,5 BTC. Em 21 de março de 2020 o valor caiu para 6,25 BTC e, na próxima redução prevista para o primeiro trimestre de 2024, a recompensa por bloco minerado diminuirá para 3,21 BTC.
Como a redução pela metade reduz o número de novos BTC e a demanda geralmente permanece estável — e tem até mesmo aumentado —, o halving já precedeu algumas das maiores altas do bitcoin. Observe abaixo como o preço subiu significativamente após cada corte:
Alguns especialistas acreditam que o halving de 2024 pode seguir uma tendência semelhante.
Ficar de fora do halving de 2024 é deixar uma ótima oportunidade para trás
Embora o passado não possa prever o futuro, a redução da oferta e a demanda crescente pela maior criptomoeda do mundo podem levar a um aumento no preço do bitcoin.
Além disso, como cada halving torna a oferta de BTC cada vez mais escassa, há aumento da pressão de compra e diminuição da oferta disponível no mercado, criando um ambiente favorável para investidores que já têm a moeda.
Portanto, para aqueles que procuram investimento de longo prazo, o bitcoin pode ser uma excelente opção a ser considerada. Dado o histórico de valorização após os halvings anteriores, há uma boa chance de que a criptomoeda se valorize significativamente após o evento de 2024.
Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano. |
*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.
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