O dólar à vista subiu 1,20%, nesta quarta-feira (26), e encerrou o dia negociado a R$ 5,5156. Na máxima do pregão, a moeda chegou a R$ 5,5255, já na mínima atingiu os R$ 5,3702.
A cotação do fechamento de hoje foi a maior desde 18 de janeiro de 2022 – último ano do governo Bolsonaro – quando foi cotado a R$ 5,5608. Em junho, a moeda acumula elevação de 5,11% e, em 2024, alta de 13,8%.
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O avanço do dólar teve como pano de fundo comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a área fiscal em entrevista ao portal UOL e divulgação de dados sobre o IPCA-15.
Lula descartou a possibilidade de o governo desvincular pensões como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) da política de ganhos reais do salário mínimo. “Garanto que o salário mínimo não será mexido enquanto eu for presidente da República”, afirmou. “Eu não posso penalizar a pessoa que ganha menos.”
Em falas recentes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vinha defendendo a proposta do fim da indexação da Previdência Social ao salário mínimo. Ou seja: não significaria “mexer no salário mínimo”, mas deixar de repassar automaticamente os aumentos do mínimo para todos os aposentados pelo INSS.
Na entrevista, Lula também desconversou sobre a possibilidade de o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, substituir Campos Neto a partir de 2025. Lula classificou Galípolo como um “companheiro” preparado, mas disse que ainda não pensa na sucessão de Campos Neto no BC.
O mercado repercutiu ainda a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) pelo IBGE, considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,39% em junho, ante alta de 0,44% no mês anterior. Pesquisa da Reuters com economistas estimava elevação de 0,45 por cento para o período.
Apesar do alívio mensal, a taxa nos 12 meses até junho passou a avançar 4,06%, ante 3,70% em maio. A expectativa era de 4,12%.
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