Morning Call: bolsas europeias e americanas seguem atingindo recordes

Cenário global e bolsa de valores

Nesta quarta-feira no exterior, os mercados ficam na expectativa por dados de inflação dos Estados Unidos. Se o índice de preços americano demonstrar pressão, vai ampliar as apostas de que o Federal Reserve pode começar a reduzir os estímulos monetários em breve, começando pelo tapering, com a redução da recompra de ativos e em um segundo momento, no médio prazo, aumento dos juros. Vale destacar que por diversas vezes o presidente do Fed, Jerome Powell, declarou que toleraria inflação levemente acima da meta (em torno de 2%) em detrimento da recuperação do mercado de trabalho. Os índices acionários de Wall Street avançaram na terça-feira, e tanto Dow Jones quanto S&P 500 fecharam em máximas recordes, diante da valorização de papéis de valor, economicamente sensíveis, depois que o Senado dos EUA aprovou um pacote bipartidário de infraestrutura de 1 trilhão de dólares.

As ações europeias atingiram máximas recordes hoje e estavam no caminho de registrar sua mais longa sequência de ganhos em dois meses, com uma temporada positiva de balanços reforçando o otimismo sobre a recuperação econômica da região. Porém, tanto nos EUA quanto na Europa, os investidores monitoram o aumento da variante Delta do coronavírus, mas a aprovação do pacote trilionário de Joe Biden, ontem pelo Senado, trouxe um ambiente mais otimista. Além disso, a inflação ao consumidor na Alemanha ficou em consenso, ao subir 0,9% em julho ante junho. A expectativa se concentra no CPI americano de julho, que será divulgado às 9h30. 

O índice pan-europeu STOXX 600 sobe 0,15%, a 473,01 pontos; Em LONDRES, o índice Financial Times avançava 0,49%, a 7.196 pontos; Em FRANKFURT, o índice DAX subia 0,08%, a 15.782 pontos; Em PARIS, o índice CAC-40 ganhava 0,28%, a 6.839 pontos; O petróleo tipo Brent em Londres recuava 0,75%, a 70,1 dólares por barril; Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,65%, a 28.070 pontos; Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,20%, a 26.660 pontos; Em XANGAI, o índice ganhou 0,08%, a 3.532 pontos; NY / Pré-Mercado: Dow Jones futuro sobe 0,03%; S&P cai 0,14% e Nasdaq -0,35%.

Cenário no Brasil

Na cena política, que tem sido protagonista nas últimas semanas, a Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira as mudanças no Imposto de Renda um dia depois de impor derrota ao governo. A Casa rejeitou na noite de terça-feira a PEC do voto impresso, uma matéria que gerou polêmica e uma crise institucional entre os Poderes da República e agora o mercado espera que este assunto seja enterrado e traga um pouco mais de estabilidade. Nesta quarta, de acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o projeto da reforma tributária que contém alterações no Imposto de Renda de pessoas físicas e jurídicas e a cobrança de dividendos das empresas será votado. Os investidores ainda terão uma bateria de resultados do segundo trimestre para analisar. Entre eles, estão o de Eletrobras, JBS, B3, MRV, Suzano, Ultrapar e ViaVarejo.

Ibovespa

O Ibovespa fechou em queda na terça-feira, após duas altas seguidas, com Iguatemi (IGTA3) puxando as perdas após resultado trimestral, em sessão marcada por vários balanços corporativos e relevante noticiário macroeconômico, com ata do Copom e IPCA. O índice da bolsa brasileira caiu 0,66%, a 122.202,47 pontos, com volume financeiro abaixo da média, em R$ 26,8 bilhões. O IBOV segue em tendência de alta no longo prazo, porém um movimento de queda no curto prazo foi consolidado, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos, em seguida romper abaixo dos 124 mil pontos e cruzar abaixo da média móvel curta (21 períodos). O investidor estrangeiro ingressou com R$ 328,94 milhões na B3 em 9 de agosto, segunda-feira. No acumulado de agosto, entrou com R$ 2,48 bilhões na B3; no ano, saldo é positivo em R$ 42,24. bilhões.

Veja também:
• Ações recomendadas para agosto: carteira inclui BR Distribuidora e Cosan.
• De Ibiúna a Hashdex: conheça 4 fundos bons para investir.