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Análise

Morning Call: resultados de empresas ganham destaque na volta de NY; bolsa sobe

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.

Destaques (José Falcão Castro):

Na volta dos mercados em Nova York, os balanços do Bank of America, Goldman Sachs e Netflix abrem o dia e serão um termômetro para saber como o cenário corporativo desempenhou no último trimestre do ano passado;

Além disso,  terá ainda a audiência de Janet Yellen no Congresso para validar seu nome ao Tesouro (12h). Segundo trecho do discurso obtido pela imprensa, apesar do risco de endividamento público, ela deve “vender” o pacote fiscal do futuro presidente e sinalizar para uma política cambial pouco preocupada com o dólar fraco para obter vantagem competitiva;

Depois do feriado nos EUA e na véspera da posse de Biden, os índices futuros de NY abrem a semana em alta. No pré-mercado, que mostra disposição por novos recordes, Dow Jones futuro avança 0,57%, S&P 500 (+0,73%) e Nasdaq (+1,01%);

Há pouco, na Alemanha, o importante índice Zew de expectativas econômicas subiu a 61,8 em janeiro, superando a previsão (59);

Mas a cautela por covid deixa as bolsas europeias mistas; Frankfurt sobe 0,15%, Londres (+0,15%), Paris (-0,05%), Madri (-0,30%); Milão, onde o Senado decide hoje sobre a permanência do premiê, avança 0,23% e Lisboa (+0,75%);

Mais cedo, relatório mensal da AIE (Agência Internacional de Energia) disse que novos lockdowns atrasam a recuperação do petróleo; ainda assim, commodity sobe neste momento;

Mais cedo, na Ásia, Xangai realizou ganhos (-0,83%), e as demais bolsas subiram forte: Tóquio (+1,39%), Seul (+2,61%) e Hong Kong (+2,70%), puxada pelas empresas de tecnologia;

No Brasil, a ameaça de medidas populistas e deterioração fiscal se agrava com a queda da popularidade de Bolsonaro, que já reflete nas últimas pesquisas; A FGV divulgou dados de inflação (IGP-M) que acelerou a 2,37% na 2ª prévia de janeiro, muito acima da mediana das expectativas (1,32%) e da 2ª prévia de dezembro, +1,18%.

Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):

Tivemos o segundo fechamento abaixo da média móvel exponencial de 9 períodos no gráfico diário, mas ainda sem confirmar o fechamento abaixo da mínima de sexta feira, com isso, se mostrar força compradora novamente o movimento visto nas últimas semanas deve continuar. Suporte mais forte estaria na faixa dos 117.000 pontos. Região de resistência continua perto da faixa dos 128 mil pontos.

Cenário global e bolsa brasileira ontem (Murilo Breder):

Em dia de feriado nos EUA, quem ditou o ritmo da Bolsa por aqui foram as notícias sobre a vacina e o PIB chinês. As boas novas fizeram o Ibovespa avançar +0,74% nesta segunda-feira (18);

Alvo de uma pesada disputa política entre o governo federal e o governo de São Paulo, a vacina enfim chegou ao público. Apesar da demora em relação a outros países e da quantidade ainda limitada, apenas 6 milhões de doses, a imunização em massa já começou nesta segunda-feira (18) em alguns estados do Brasil; 

A China divulgou o dado oficial para o PIB de 2020. O crescimento foi de 2,3% em relação a 2019. Foi o menor crescimento em 44 anos. Mesmo assim, o resultado foi considerado positivo ao superar a expectativa de 2%. O crescimento do quarto trimestre em relação ao mesmo período de 2019 foi de 6,5%, acima dos prognósticos de 6%. Esse resultado mostra uma aceleração do ritmo de atividade, pois superou os 4,9% de crescimento no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2019;

Para 2021, a expectativa é de uma alta de 8%, o que justifica o otimismo com a demanda por commodities. No entanto, como a China voltou a registrar um aumento nos casos de Covid 19, pode ser que essas projeções sejam revisadas para baixo; 

No cenário corporativo, destaque para Movida (MOVI3, +5,7%) e Ultrapar (UGPA3, -1,6%) seguindo direções opostas. A locadora de veículos voltou aos holofotes do mercado e disparou mais de 6% após uma notícia de que o Cade pode barrar a fusão de suas maiores concorrentes Localiza e Unidas e também por ter anunciado a compra da Vox por R$ 89 milhões, uma companhia de gestão e terceirização de frotas (GTF) que atua em todas as etapas do processo de locação; 

Já o grupo Ultra recuou após seu interesse em se desfazer de duas de suas companhias: a empresa química Oxiteno e a rede de drogarias Extrafarma. O objetivo é focar e se verticalizar no segmento de distribuição de combustíveis. No entanto, a empresa vem enfrentando uma falta de interesse por parte do mercado, principalmente em torno da Extrafarma, que até 2019 apresentava prejuízo operacional e baixo crescimento.

Indicadores
Brasil:
FGV: 2ª prévia do IGP-M de janeiro
IPC-S Capitais da 2ª quadrissemana do mês (8h)
EUA:
Antes da abertura saem os resultados de BofA, Netflix e Goldman Sachs
Indicada para secretaria do Tesouro, Janet Yellen, participa de sessão para validação de seu nome no Senado (12h)
Europa:
Alemanha/Zew: sentimento econômico em janeiro (7h)

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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