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Inflação: como calcular a perda do poder de compra de uma pessoa?

O peso da inflação individual pode variar de família para família, uma vez que muda a região geográfica, condição financeira e hábitos de consumo.

O aumento nos preços vem sendo sentido pelo brasileiro não é de hoje. Nos últimos 12 meses encerrados em maio, o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor – subiu 12%. Mas essa alta de preços nem sempre representa a realidade brasileira, uma vez que o número da inflação divulgado pelo governo é chamado de inflação oficial. Na prática, esse número pode ser diferente, tanto para mais quanto para menos. É a chamada inflação real.

A inflação real é diferente da oficial porque os cálculos do IPCA consideram valores médios de uma lista de itens e serviços. O estrategista chefe da levante, Rafael Bevilacqua, explica que o IPCA é uma cesta da média do que as pessoas consomem. E a cesta pessoal de cada um é diferente. Ele também ressaltou que nós temos visto uma alta muito forte nos preços dos alimentos, acima da média. E o que acontece é que com esse aumento, famílias que têm uma renda menor gastam boa parte do dinheiro apenas para alimentação.

A pesquisa feita pelo IPCA é realizada em grandes cidades e regiões metropolitanas, e leva em consideração famílias com 1 a 40 salários mínimos. Ou seja, o peso da inflação individual pode variar de família para família, porque muda região geográfica, condição financeira e hábitos de consumo.

No entanto, como fazer para calcular o quanto a inflação atingiu cada família individualmente? A inflação pessoal deve ser medida de acordo com o que a pessoa consome. O impacto da alta de preços vai variar de acordo com os hábitos e condições individuais. Para chegar no seu valor real, é preciso comparar entre dois períodos o aumento dos produtos e serviços que a pessoa utiliza.

Por exemplo, nos números oficiais, o transporte pode registrar uma alta de 15%, puxada pela alta da gasolina. Mas se uma pessoa utiliza apenas o transporte público, esse aumento do transporte pode não se aplicar a ela.

Essa comparação individual pode ser mensal, semestral ou anual. E ao finalizar a conta, a inflação real pode ser maior ou menor do que os números oficiais. Porém, há também há um ponto de atenção levantado pelos especialistas. Ao fazer esse cálculo, é preciso se atentar se está sendo comparado os produtos e serviços consumidos nos dois períodos.

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Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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