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Papo Cripto

Os NFTs morreram? Ou finalmente se encontraram? Conheça 4 exemplos brasileiros

Potencial dos NFTs tem se mostrado muito superior ao que se podia conceber durante o primeiro ciclo de alta desses ativos.

Token não fungível (NFT) exibido no OpenSea é visto através de uma lupa 28/02/2022 REUTERS/Florence Lo

O termo do ano de 2021 parece ter sumido do vocabulário popular. Depois da euforia centrada em jogos como o Axie Infinity e imagens de perfil (PFPs) como os Crypto Punks, a derrocada dos preços de cripto levou consigo as valorizações explosivas dos ativos digitais únicos – minando o interesse de boa parte dos investidores.

Os dados do mercado de NFTs não mentem: os US$ 740 milhões negociados em maio de 2023 apresentaram baixa de 78% com relação ao mesmo período do ano passado e o valor médio das transações caiu 83% (CryptoSlam).

Mas a mensagem, aqui, não é de desalento. Muito pelo contrário: o fim do hype fez assentar a poeira sob o que realmente interessa. Foi nos últimos meses que as principais aplicações da tecnologia amadureceram, abrindo portas para que o próximo ciclo se baseie no verdadeiro valor dos NFTs – em lugar da empolgação dos investidores.

Não que a empolgação seja de todo ruim. Foi no biênio 2021-22 que o universo cripto estourou a bolha fintech e alcançou, com o impulso dos NFTs, a graça dos mais variados públicos. Hoje, as aplicações abarcam desde ingressos e imóveis a royalties de música, programas de vantagens e itens de jogos.

Os programas de vantagens têm sido um vetor de destaque para a expansão da tecnologia. O “Yacht Club” proposto pela Yuga Labs, que oferece comunidades e eventos exclusivos para os detentores de um Bored Ape ou Mutant Ape, inaugurou uma nova onda de inovações no mundo dos NFTs.

E o Brasil tem seus próprios exemplos de pioneirismo nesse setor. Em 2023, dois casos tem se destacado:

Surf Junkie Club

Um lançamento de sucesso foi o do Surf Junkie Club, comunidade de surfistas representada por uma coleção de PFPs com 4 mil unidades. Cada “Junkie” participa de sorteios anuais de eventos exclusivos com grandes nomes do esporte, além de ter acesso a vouchers de marcas como Billabong e Evoke.

Além disso, os detentores da coleção fazem parte de reuniões mensais para ajudar a decidir os próximos destinos de viagem, os surfistas profissionais a serem convidados para eventos e outras decisões, como os novos produtos a serem desenvolvidos pela marca.

(Imagem: Reprodução/https://surfjunkieclub.io/)

Club at HashTown

A gestora de criptoativos Hashdex apostou em uma iniciativa semelhante. Lançou, no último mês de maio, uma coleção de obras produzidas por inteligência artificial que representam os direitos de sócio sobre o chamado Club at HashTown.

Os participantes têm acesso a um espaço de coworking com salas de reunião, estúdio de gravação e outras instalações, além de participarem de eventos com curadoria de grandes nomes do meio corporativo e do esporte, como o fundador da Stone André Street e o ex-treinador de vôlei Bernardinho.

(Imagem: Hashdex)

Pistol Birds

Já entre os lançamentos do ano passado, destaca-se a coleção Pistol Birds: vendida pelo braço cripto da Reserva, captou quase R$1 milhão em 24h e continua com uma comunidade ativa, que recebe vantagens exclusivas – desde cursos e peças da marca até imersões e mentoria com um cofundador da Reserva.

A coleção ainda tem características ESG, alinhadas com o perfil da Reserva, como a neutralização das emissões de carbono de cada transação na blockchain e a reversão de parte das receitas para uma ONG de combate à fome.

(Imagem: Reprodução/https://x.usereserva.com/)

Crypto Rastas

Por fim, um projeto lançado em novembro de 2021 segue inovando no setor. A coleção Crypto Rastas ganhou destaque quando o artista Snoop Dogg anunciou que havia comprado uma unidade e encorajou os seus seguidores a apostarem na coleção.

Desde então, o projeto mantém uma comunidade engajada, já estabeleceu parcerias com grandes nomes internacionais da cultura do Reggae e segue oferecendo vantagens exclusivas, como a possibilidade de investir em direitos autorais de artistas como Dada Yute.

Fonte: cryptorastas.com

Conclusão

O potencial dos NFTs tem se mostrado muito superior ao que se podia conceber durante o primeiro ciclo de alta desses ativos. À medida que diferentes aplicações e nichos se aproveitam das vantagens da tecnologia, é de se esperar o fim das barreiras para a economia tradicional e uma grande geração de valor em diferentes setores.

Nesse contexto, o Brasil conta com o pioneirismo de diversas soluções e a sua pujante economia criativa para se manter como um dos maiores centros de desenvolvimento de aplicações de NFTs.

As informações desta coluna são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação. 

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