Não é exagero dizer que a nova geração do C3 é o lançamento mais importante da história da Citroën no Brasil. Com estreia confirmada para agosto, o compacto será peça fundamental para determinar a estratégia da marca francesa no país.
Isso porque caberá ao modelo a responsabilidade de ser o carro-chefe da Citroën no mercado brasileiro. Essa missão deve ser cumprida sem dificuldades, já que a Stellantis (atual dona da marca) sabe como fazer um produto vender bem.
Estratégia traçada
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Caso ele seja bem recebido pelo público, a marca ganhará força em seu plano de reestruturação. No primeiro ano da pandemia, em 2020, a empresa teve participação de tímidos 0,69%. Em 2021, já no primeiro ano cheio nas mãos da Stellantis, a marca vendeu 23,3 mil unidades, que lhe renderam participação de mercado de 1,2%. O crescimento nas vendas foi de 77% em relação aos resultados de 2020. Vale destacar que esses resultados foram obtidos mesmo com apenas um automóvel de passeio (C4 Cactus) e dois veículos utilitários (Jumpy e Jumper).
O eventual sucesso do C3 poderá facilitar a vida dos próximos lançamentos da Citroën. A marca traçou um plano comercial chamado de C-Cubed, que prevê a estreia de três projetos globais em três anos.
Todos serão desenvolvidos pela Índia e adaptados às preferências do Brasil, sendo que o primeiro deles é o próprio C3. Depois dele virão um SUV (possivelmente o C3 Aircross que está em testes nas ruas indianas) e um sedã compacto.
O que o C3 terá para vender bem?
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Oficialmente, a Citroën divulgou poucas informações a respeito do novo C3. Mas algumas informações já são conhecidas.
A empresa chama o modelo de “hatch com atitude SUV” por conta de seu porte mais parrudo. A receita é semelhante à adotada no Renault Kwid, embora o C3 seja bem maior do que o modelo da marca conterrânea.
Segundo informações do site “Motor1”, o compacto terá 3,98 metros de comprimento, distância entre-eixos de 2,54 metros e porta-malas com capacidade para 315 litros. A altura em relação ao solo deve girar em torno de 180 mm – mais até do que alguns SUVs.
O carro será vendido nas motorizações 1.0 Firefly nas versões de entrada (possivelmente com 75 cv quando abastecido com etanol), enquanto o conhecido motor 1.6 16V (de até 120 cv) ficará restrito às versões mais caras. O novo C3, inclusive, terá opção de transmissão automática de seis marchas quando equipado com o conjunto de 1,6 litro.
Haverá versões básicas, com detalhes como maçanetas pretas e calotas. Em contrapartida, a gama contará também com configurações completas, trazendo itens como central multimídia com tela de 10 polegadas.
Marca tem história no país
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Alguns carros da Citroën já circulavam pelas ruas brasileiras desde a década de 60. Oficialmente, a empresa desembarcou por aqui em meados dos anos 90 pelas mãos do empresário Sérgio Habib, no embalo da reabertura das importações.
Foi só em 2001 que a Citroën começou a produzir carros no Brasil, na fábrica do grupo PSA em Porto Real (RJ) – justamente onde também será produzido o novo C3.
Entre os modelos que já foram nacionais estão Xsara Picasso, C3 Picasso e as duas gerações anteriores do C3.
*Vitor Matsubara é jornalista automotivo e editor do Primeira Marcha. Tem passagens por Quatro Rodas, de 2008 a 2018, e UOL Carros, de 2018 a 2020. |
As informações desta coluna são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação.
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