ARTIGO*
Segundo estudo recente realizado pelo Finbold.com, o dólar norte-americano derreteu completamente ante o bitcoin (BTC) nos últimos 5 anos, perdendo cerca de 97,5% do seu valor quando comparado a maior criptomoeda do mercado.
Enquanto o bitcoin utiliza de sua escassez digital, limitada a um total máximo de apenas 21 milhões de unidades, o órgão governamental responsável pela economia norte-americana, o Federal Reserve (Fed), imprimiu trilhões de dólares nos últimos dois anos, corroendo o valor da moeda em 85% nos últimos 50 anos.
Portanto, apesar de recentemente ter se movimentado de forma semelhante ao mercado de ações, resultando em queda de 78% desde o seu preço mais alto, o histórico de dados do bitcoin aponta sua forte descorrelação com outros ativos tradicionais.
Por causa da sua tecnologia e escassez digital, enquanto as moedas fiduciárias perdem valor ao longo do tempo mediante a inflação, o bitcoin tende a ganhar, pois, conforme mostrado abaixo, sua taxa de emissão é limitada e decrescente.
Dólar cada dia mais fraco
O mercado financeiro tradicional viveu uma bolha criada pelas atitudes dos governos para conter a crise do coronavírus, imprimindo dinheiro desenfreadamente na tentativa de recuperar a economia.
Não obstante, um dos principais fatores que enfraqueceu a moeda americana é a impressão indiscriminada de dinheiro por parte dos EUA. Isso, por consequência, gera inflação e perda de poder de compra. E, com o dólar “virando pó”, o Fed tem aumentado a taxa de juros norte-americana a patamares recordes, diante das maiores taxas de inflação no país em 40 anos.
A impressão contínua de dólar é vista em alguns setores como o impulsionador do crescimento do valor do BTC, dado que o ouro digital foi projetado para ser deflacionário e é, portanto, uma proteção contra bancos centrais imprimindo dinheiro.
Cada vez mais grandes companhias, e até mesmo países, a exemplo da MicroStrategy e de El Salvador, passaram a enxergar o bitcoin como um meio capaz de proteger seu capital, assegurando a manutenção de seu poder de compra ao longo do tempo.
Bitcoin cada vez mais forte
Além da característica deflacionária, o bitcoin tem uma série de vantagens quando comparado às moedas emitidas pelos governos, dado que é altamente divisível, fácil de ser transportado, mantém a privacidade do usuário e não pode ser controlado por uma autoridade central.
Portanto, mesmo que pareça contraditório, o bitcoin é um ativo que tem se mostrado uma proteção contra a perda de valor do dinheiro fiduciário e a volatilidade do mercado, pois seu preço é — e tende a ser — cada vez maior no longo prazo.
O Bitcoin é uma forma de protesto contra o status quo existente. Analisando o histórico da moeda, o bear market atual é uma oportunidade de ouro para adquirir a moeda pagando muito pouco, seja no intuito de proteger ou de valorizar o capital.
| Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano. |
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