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Google é nova tech que permitirá pagamento em criptomoedas

Em parceria com a Coinbase, a aceitação de criptos pelo Google marca uma reviravolta de posicionamento da empresa.

*ARTIGO

Com foco em Web3 e ignorando o mercado de queda há meses, o Google (GOGL34) anunciou que vai começar a aceitar pagamentos em criptomoedas dos usuários do Google Cloud, seu conhecido serviço de armazenamento em nuvens que dispensa apresentações, a partir de 2023.

Conforme anunciado na conferência Cloud Next do Google, a big tech contará com a parceria da exchange Coinbase (C2OI34) — que em agosto já havia se associado à BlackRock (BLAK34), uma das maiores gestoras de ativos do mundo, para oferecer criptos aos clientes —  para por seu projeto em atividade.

Embora ainda não tenha revelado quais criptomoedas aceitará, o Google deve permitir, ao menos, bitcoin (BTC), ethereum (ETH) e as stablecoins USDC e USDT, visto que são as maiores — e seguras — criptomoedas que o sistema da Coinbase Commerce oferece atualmente.

Além disso, em setembro de 2022, o Google Cloud também já tinha feito parceria similar com a blockchain BNB Chain (BNB), da corretora de criptos Binane, permitindo que startups que estão criando produtos e serviços na rede usassem os recursos da infraestrutura do Google Cloud, ademais da conexão direta com os membros da equipe e os especialistas técnicos da empresa.

Google foi do ódio ao amor com as criptomoedas

A integração do Google para aceitar pagamentos em criptos é extremamente curiosa pois, ao que parece, a mudança de ideia da empresa perante aos ativos digitais foi completa em pouco tempo.

Vasculhando os históricos e banco de dados da própria plataforma, encontramos notícias que, em 2018, a empresa era totalmente contra criptomoedas e pior: o diretor de anúncios da época relatou que eles não tinham uma “bola de cristal para saber sobre o futuro das criptomoedas”, mas que já haviam tido danos suficientes para o consumidor — e a empresa — não acreditarem nos criptoativos.

Inclusive, conforme anúncio feito em seu blog no período, o próprio Google chegou até mesmo a banir todos tipos de anúncios relacionados aos ativos digitais da plataforma em 2018.

Posicionamento do Google em 2018 proibindo publicidade relacionada ao universo das criptomoedas. (Imagem: Reprodução / Publicação oficial no site oficial da plataforma.)

Para além da queda no curto prazo

Atualmente, o Google é a quarta maior empresa do mundo por valor de mercado e, como grande parte de seus serviços são online e globais, a adoção do bitcoin seria uma combinação perfeita.

“Dados são o novo petróleo” e o Google sabe usá-los com maestria ao seu favor para se posicionar melhor que seus concorrentes. É importante fugir do óbvio e perceber que a gigante não voltou porque é “boazinha”, mas sim porque detém uma das maiores bases de dados globais; portanto, consegue “predizer o futuro”.

Racionalmente, é inegável que o mundo relacionado ao blockchain vai revolucionar — se já não está fazendo isso — a sociedade, dado que as possibilidades de usos e inovações que oferece, tanto para investidores quanto para negócios correlacionados, tendem ao “infinito”.

O novo projeto do Google tem tudo para ter sucesso, pois tende a atrair novas empresas e usuários para em um mercado de rápido crescimento, em que os principais concorrentes da empresa ainda não permitem pagamentos com moedas digitais.

Apesar do inverno cripto (bear market) vivido pelo mercado de ativos digitais desde o ano passado, a crescente adoção das criptos por respeitadas empresas de diversos setores indica que elas — e seus renomados especialistas — têm confiança nos criptoativos em médio e longo prazo.

Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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