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Interpol anuncia que está criando um metaverso próprio

Além de trazer leis aos mundos virtuais, a Interpol lançou seu metaverso para oferecer cursos e treinamentos imersivos em ‘VR’.

ARTIGO*

A Organização Internacional de Polícia Criminal anunciou recentemente o primeiro metaverso projetado para a aplicação da lei em todo o mundo. Traduzindo para bom português, a Interpol, que conecta forças policiais em 195 países, chegou para “botar terror” no novo mundo virtual que está sendo criado

Parece piada, mas não é: no dia 20 de outubro, a Interpol anunciou que está criando um metaverso próprio e também montando um grupo de especialistas na tecnologia para garantir que “este novo mundo virtual seja seguro por design”.

A ideia da agência de política internacional é usar seu metaverso para que as políticas do mundo todo possam usá-lo para treinamento, combate a ofensas digitais e exibição de cenas de crime no tribunal em 3D

Além disso, os usuários vão poder interagir com outros oficiais por meio de seus avatares. Será possível, também, fazer cursos imersivos em investigação forense e em outras capacidades.

Apesar dos serviços oferecidos ainda não estarem em atividade, o Interpol Metaverse, mundo virtual criado pela Interpol, já está disponível para visitas, sendo um “reflexo” de sua sede na França.

Metaverso criado pela Interpol como espelho da sua sede em Lyon. (Foto: Reprodução/ site oficial no site da Interpol)

Interesse da Interpol em todo universo blockchain não vem de agora

Como mostra o recente relatório Global Crime Trend da Interpol, o crime está cada vez mais on-line à medida que a digitalização aumenta. Ao mesmo tempo, está cada vez mais difícil monitorá-lo, uma vez que sua natureza é global e, no casos que incluem as criptomoedas, descentralizado.

Portanto, a chegada da Interpol para “xerifar” o metaverso faz sentido — para ela — pois, ainda segundo o relatório, os criminosos já estão começando a explorar esse ambiente virtual com uma lista expansível de possíveis crimes.

A Interpol tem trabalhado para aprender mais sobre blockchain e identificação de atividades criminosas desde, pelo menos, 2015. Em 2020, por exemplo, a agência fez parceria com a empresa de segurança cibernética Trend Micro para reduzir o “cryptojacking”, crime em que computadores são invadidos para minerar criptos sem permissão, e que afeta muito os roteadores no sudeste da Ásia.

A agência irá se tornar o novo xerife do metaverso? Não sabemos. Mas, pelo menos, parece que eles não querem ficar para trás em relação à tecnologia nem dar autonomia para que usuários realmente usufruam de plena e incensurável liberdade de expressão. 

Interpol mostrando que o metaverso não é só um universo game

Longe de ser simplesmente um gadget para jogadores, o metaverso se apresenta cada vez mais como o próximo estágio potencial da internet como conhecemos.

Estima-se por exemplo que, até 2026, uma em cada quatro pessoas passará pelo menos uma hora por dia no metaverso, seja para trabalhar, comprar, estudar, socializar ou fazer treinamentos forenses hiper realistas, de acordo com a empresa de pesquisa Gartner.

Em uma perspectiva mais racional, algumas ameaças no metaverso apresentam desafios significativos, uma vez que nem todos os atos que são criminalizados no mundo físico são considerados crimes quando cometidos no mundo virtual.

Projeção futura acerca dos crimes digitais. (Imagem: Reprodução/ Relatório “Global Crime Trend”)

De fato, é impossível prever o futuro, mas está cada vez mais nítido que o metaverso é um caminho sem volta para empresas e usuários. Sendo assim, gostando ou não, quanto mais cedo as pessoas se acostumarem com a ideia do a tecnologia, melhor e mais fácil será a adaptação.

Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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