1 – Cosan garante R$4,1 bi do Itaú Unibanco para financiar compra de fatia da Vale
A Cosan (CSAN3) informou nesta quarta-feira que o Itaú Unibanco investiu 4,1 bilhões de reais em ações preferenciais da Cosan Nove Participações, veículo que passou a deter parte das ações da Raízen detidas pela companhia, segundo fato relevante.
O total subscrito representa 27% da Cosan Nove, que tem 39% da Raízen, joint venture com a Shell com negócios em produção de açúcar, etanol, bioenergia e distribuição de combustíveis.
A operação do Itaú na Cosan Nove é desdobramento do acordo para a Cosan comprar 6,5% das ações da Vale. No anúncio da compra, em outubro, a Cosan estimou necessidade de financiamento de 21 bilhões de reais, sendo 8 bilhões de reais em equity e cerca de 13 bilhões via estrutura de derivativos em até cinco anos, com garantia das ações da própria mineradora.
Na semana passada, a Cosan já havia garantido 4 bilhões de reais, após o Bradesco subscrever 23% do capital da Cosan 10, que tem 88% da subsidiária de gás e energia Compass.
A Cosan acrescentou que a operação com o Itaú Unibanco não interfere nos direitos como co-controladora da Raízen no acordo de acionistas com a Shell, “que segue inalterado”.
A Shell tem 44% da Raízen, enquanto o restante do mercado possui 12%.
2 – Bradesco BBI reitera ‘overweight’ em ações do Brasil, reduz exposição a risco fiscal
Estrategistas do Bradesco BBI reduziram a exposição a ações brasileiras em seu portfólio de América Latina, enxergando riscos diante da falta de um uma âncora fiscal crível, mas seguiram com recomendação ‘overweight’.
Andre Carvalho e equipe avaliaram em relatório a clientes que o próximo governo será pragmático, mas lento, resultando assim em uma vagarosa compressão do prêmio de risco.
“As ações brasileiras … continuam sendo um caso de alto risco na ausência de uma âncora fiscal confiável”, afirmaram, mas destacando que o novo governo provavelmente apresentará uma nova regra fiscal ao Congresso.
“A principal preocupação é se o novo quadro fiscal abrirá espaço para cortes nas taxas de juros em 2023.”
Eles veem o Ibovespa, referência da bolsa brasileiro, encerrando o próximo ano em 125 mil pontos, o que representaria alta de cerca de 14% em relação aos níveis atuais.
Na América Latina, eles elevaram a classificação para as ações do México de ‘neutra’ para ‘overweight’, enquanto Chile permaneceu com ‘neutra’ e Peru e Colômbia com ‘underweight’.
Em termos de setores, eles afirmaram estar ‘overweight’ em ações de consumo defensivas e nas chamadas ‘bond proxies’, com avaliação ‘neutra’ no setor financeiros e ‘underweight’ em papéis atrelados a commodities e mais cíclicos.
No portfólio modelo para América Latina, foram adicionadas as brasileiras Prio, Santos Brasil e Carrefour Brasil, a mexicana Gruma, a chileba SQM e a peruana Credicorp.
Em contrapartida, Petrobras, CCR e Assaí, do Brasil, foram excluídas, assim como o mexicano Banorte e as chilenas Enel Chile e CCU.
A carteira do Bradesco BBI ainda inclui, no caso do Brasil, Itaú Unibanco, Vamos, B3, Vibra Energia <VBBR3,SA>, brMalls, Lojas Renner, Rede D’Or e Vale.
Também fazem parte Vesta, Femsa, Alfa, Fibra Uno e Asur, do México, e Cencosud, do Chile.
3 – Lula anuncia hoje mais ministros para compor governo
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anuncia hoje mais uma leva de ministros para compor seu governo. Até agora, 21 nomes foram anunciados. É aguardado que os 16 nomes que faltam sejam divulgados.
Entre os cotados aos ministérios, estão nomes como os da senadora Simone Tebet (MDB-MS) para o (Planejamento) e o da deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) para o Meio Ambiente.
Com agência Reuters
Veja também
- Após G20, Lula e Xi Jinping estreitam laços entre Brasil e China
- Chinesa SpaceSail fecha acordo com governo Lula e se prepara para competir com Starlink, de Elon Musk
- Apesar de rusgas, Brasil avança em plano para importar gás natural da Argentina
- O que Trump e Lula têm em comum: a queda de braço com o Banco Central
- Com fiscal sob pressão, Haddad cancela viagem à Europa a pedido de Lula