Índices futuros americanos e a bolsas europeias amanheceram em queda com os mercados repercutindo o aumento nos juros pelo Federal Reserve (Fed) e sinalizações do que deve acontecer nas próximas reuniões.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária, o Copom, decidiu manter a Selic no atual patamar de 13,75% ao ano pela sexta vez consecutiva e apontou que o atual cenário demanda paciência.
Já no campo corporativo, a quinta-feira é marcada pelos balanços de Assaí, Bradesco, Braskem, Eleetrobras, Via, entre outros.
Veja abaixo 3 fatos para hoje:
1 – Ambev tem lucro acima do esperado no 1º tri
A cervejaria Ambev (ABEV3) publicou nesta quinta-feira (4) lucro líquido de R$ 3,82 bilhões para o primeiro trimestre, alta de 8,2% sobre um ano antes e acima do resultado esperado pelo mercado, embora o volume vendido tenha caído.
Analistas, em média, esperavam lucro líquido de R$ 3,06 bilhões para a Ambev no período, segundo dados da Refinitiv.
Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 6,444 bilhões, alta de 16,7% no conceito “reportado” e de 39,9% no conceito “orgânico”.
A receita líquida foi de R$ 20,531 bilhões entre janeiro e março, alta de 11,3% no conceito reportado e de 26,5% no orgânico, ambos ante igual etapa do ano anterior. O resultado financeiro ficou negativo em R$ 997,9 milhões no trimestre, uma redução de R$ 401,2 milhões em relação ao mesmo intervalo de 2022.
Em seu release de resultados, a companhia destaca que o desempenho do trimestre foi liderado pelo Brasil. “O desempenho foi impulsionado por nossa execução comercial durante o primeiro Carnaval completo pós-pandemia e por marcas mais saudáveis, à medida que superamos um forte primeiro trimestre de 2022 em que a obrigatoriedade do uso de máscaras foi suspensa no País”, destaca.
O volume no País cresceu 2,5% (+0,8% em cerveja e +7,3% em bebidas não alcoólicas) e a participação de mercado ficou estável em ambos os negócios, de acordo com as estimativas da empresa.
Segundo a empresa, o crescimento no Brasil (NAB +7,3% e Cerveja +0,8%) e no Canadá (+5%) foi mais do que compensado pela América Latina Sul (LAS) (- 7,8%), impactada por um ambiente macroeconômico desafiador, e pela América Central e Caribe (CAC) (-5,0%), apesar da recuperação sequencial na República Dominicana.
2 – Prio tem lucro líquido de R$ 231 milhões
A Prio (PRIO3) reportou lucro líquido de US$ 231 milhões (ex-IFRS-16) no primeiro trimestre de 2023, alta de 1% na comparação com igual período de 2022, informou há pouco a companhia.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado entre janeiro e março deste ano alcançou US$ 379 milhões, um aumento de 66% na mesma base de comparação.
No primeiro trimestre de 2023, a receita líquida atingiu US$ 565 milhões, 82% maior que a registrada em igual período de 2022.
No relatório que acompanha os números do balanço, a Prio destaca que o primeiro trimestre de 2023 foi marcado por um aumento significativo de produção, que atingiu mais de 90 milhões de barris de óleo por dia (boe/d) ao final de março.
A produção média no Campo de Frade no primeiro trimestre de 2023 foi de 33,8 kbpd, um avanço de 5% na comparação com a produção média apurada em igual intervalo do ano passado.
No acumulado de janeiro a março de 2023, a petroleira vendeu aproximadamente 2 milhões de barris armazenados em US Virgin Islands com condições de desconto melhores do que os apresentados em dezembro, mas ainda considerados fora do padrão pela companhia, destaca a Prio.
3- IPC-Fipe sobe 0,43% em abril
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo fechou abril com alta de 0,43%, após avanço de 0,39% no mês anterior, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta quinta-feira.
O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.
O resultado de abril ficou dentro das estimativas de instituições de mercado – de altas de 0,40% a 0,47%, mas abaixo da mediana, de 0,45%.
No primeiro quadrimestre do ano, o IPC-Fipe acumulou inflação de 1,89%. Nos 12 meses até abril, o índice subiu 4,52%.
No quarto mês de 2023, quatro dos sete componentes do IPC-Fipe ganharam força ou reduziram deflação: Habitação (de -0,07% em março a -0,04% em abril), Alimentação (de 0,59% a 0,86%), Saúde (de 0,32% a 2,05%) e Vestuário (de 0,84% a 0,97%).
Por outro lado, houve arrefecimento de preços nas categorias Transportes (de 1,08% em março a 0,35% em abril), Despesas Pessoais (de 0,17% a -0,08%) e Educação (de 0,21% a 0,16%).
Veja abaixo como ficaram os componentes do IPC-Fipe em abril:
– Habitação: -0,04%
– Alimentação: 0,86%
– Transportes: 0,35%
– Despesas Pessoais: -0,08%
– Saúde: 2,05%
– Vestuário: 0,97%
– Educação: 0,16%
– Índice Geral: 0,43%
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