1 – Petrobras reduz preço do gás de cozinha nas refinarias em 5,2% a partir desta 5ª
A Petrobras (PETR3, PETR4) anunciou uma redução de 5,2% no preço médio do GLP, o gás de cozinha, vendido em suas refinarias a partir desta quinta-feira (17). Segundo a estatal, o preço médio de venda de GLP da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,7842/kg para R$ 3,5842/kg, uma redução de R$ 0,20 por quilo do produto.
Com isso, o preço do botijão de 13 quilos, amplamente consumido pela população, vai cair R$ 2,60, para R$ 46,59.
No comunicado, a Petrobras informou que a redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da empresa. Essa política, informa a companhia, “busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”.
Na última sexta-feira (11) a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostrou, em seu levantamento semanal, que o preço médio botijão de 13 quilos de GLP ao consumidor subiu 0,5%, de R$ 109,86 para R$ 110,42, entre os dias 6 e 12 de novembro.
Assim como o diesel, esse preço vinha variando, mesmo sem mudanças nos preços da Petrobras. A tendência, agora, é que sofra uma redução, uma vez que o preço da estatal responde por cerca de 42% do preço final de revenda do insumo.
Na semana passada, o Estadão mostrou que a primeira medida planejada pelo governo eleito, de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Petrobras, é uma redução no preço do gás de cozinha, com a retirada do produto da política de preço de paridade internacional (PPI) de forma mais acelerada que outros derivados, como a gasolina e, sobretudo, o diesel.
Hoje, calculam importadores e consultorias do setor, o insumo é vendido pela estatal cerca de 40% acima do preço internacional, medido pelo PPI.
2 – Inflação da zona do euro em outubro tem leve revisão para baixos mas ainda é recorde
A inflação da zona do euro em outubro em termos anunciais foi levemente mais baixa do que o informado anteriormente, mas ainda permaneceu em nível recorde devido ao aumento dos preços da energia, mostraram dados do escritório de estatísticas da União Européia nesta quinta-feira.
O Eurostat confirmou que a inflação do consumidor nos 19 países que compartilham o euro subiu 1,5% em outubro sobre o mês anterior, para um aumento de 10,6% na base anual, ante 10,7% relatada anteriormente.
Do número anual final, 4,44 pontos percentuais vieram da alta dos preços da energia, que subiram 41,5% em outubro sobre um ano antes. Outros 2,74 pontos percentuais vieram de alimentos, álcool e tabaco mais caros.
Sem os componentes mais voláteis de energia e alimentos não processados, o que o Banco Central Europeu chama de núcleo da inflação, os preços ao consumidor subiram 0,7% no mês e 6,4% na base anual.
O BCE quer manter a inflação em 2% a médio prazo e tem aumentado acentuadamente as taxas de juros desde julho para ajudar a conter o crescimento dos preços.
3 – Republicanos conquistam maioria na Câmara e EUA terão Congresso dividido
Os republicanos conquistaram a maioria dos assentos na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, mostraram projeções nesta quarta-feira (16), estabelecendo um cenário para dois anos de Congresso dividido, uma vez que os democratas, do partido do presidente Joe Biden, mantiveram o controle do Senado.
A vitória na Câmara dá aos republicanos o poder de colocar rédeas na agenda de Biden, assim como o de iniciar investigações politicamente prejudiciais sobre seu governo e família, embora o resultado tenha sido bem menor do que a onda que os republicanos esperavam.
A projeção final foi feita após mais de uma semana de contagem de votos, à medida que a Edison Research projetou que os republicanos haviam conquistado os 218 assentos necessários para controlar a Câmara. A vitória republicana no 27º distrito congressional da Califórnia consolidou a maioria do partido na Casa.
O atual líder republicano na Câmara, Kevin McCarthy, terá um desafio à frente, já que precisará unir sua inquieta bancada em votações importantes para decidir os orçamentos do governo e das Forças Armadas, no momento em que o ex-presidente Donald Trump lançou uma nova candidatura à Casa Branca em 2024.
A derrota retirou parte do poder de Biden em Washington, mas nesta quarta-feira ele parabenizou McCarthy e disse que trabalharia para obter resultados. “O povo americano quer que façamos as coisas por eles”, disse Biden.
Os democratas contaram com um impulso eleitoral proporcionado pela rejeição a candidatos republicanos de extrema direita, muitos deles aliados de Trump, incluindo Mehmet Oz e Doug Mastriano, nas disputas pelo Senado e governo da Pensilvânia, respectivamente, e Blake Masters, na disputa ao Senado em Arizona.
Mesmo com a onda esperada pelos republicanos da Câmara nunca chegando à praia, os conservadores vão se ater à sua agenda.
Em retaliação a duas iniciativas de impeachment movidas pelos democratas contra Trump, os republicanos se preparam para investigar negociações comerciais de autoridades do governo Biden e do filho do presidente, Hunter, além do próprio Biden, no passado com a China e outros países.
Na frente internacional, os republicanos podem buscar reduzir os repasses militares e econômicos dos EUA à Ucrânia na guerra contra as forças russas.
Os Estados Unidos voltam à dinâmica de poder pré-2021 em Washington, enquanto os eleitores se dividiram em direções opostas pelas duas principais questões durante a campanha das eleições de meio de mandato.
A inflação em alta deu aos republicanos munição para atacar os democratas, que conquistaram trilhões de dólares em novos investimentos durante a pandemia de Covid-19. Com o aumento dos preços nas compras do mês, na gasolina e no aluguel, também cresceu o desejo de punir os democratas na Casa Branca e no Congresso.
Ao mesmo tempo, houve um puxão para esquerda após a decisão da Suprema Corte que encerrou o direito ao aborto em junho e enfureceu uma ampla porção de eleitores, impulsionando candidatos democratas.
As pesquisas de boca de urna da Edison Research mostraram que cerca de um terço dos eleitores disseram que a inflação era a principal de suas preocupações. Para um quarto dos eleitores, o aborto era a principal preocupação, e 61% eram contrários à reversão da decisão Roe vs. Wade da Suprema Corte.
* Com Reuters, Estadão Conteúdo e Agência Brasil
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