1 – Intel registra prejuízo líquido de US$ 0,5 bilhão no 2º trimestre
A Intel (ITLC3) registrou prejuízo líquido de US$ 0,5 bilhão, ou ganho por ação de US$ 0,29, no 2º trimestre deste ano, queda de 109% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior e abaixo da previsão de US$ 0,69 dos analistas consultados pelo FactSet.
A receita da empresa foi de US$ 15,3 bilhões no segundo trimestre, uma queda de 22% na comparação trimestral, e abaixo da expectativa de US$ 17,94 bilhões. Para o trimestre atual, a empresa disse que a receita ficará entre US$ 15 bilhões e US$ 16 bilhões.
“Os resultados deste trimestre ficaram abaixo dos padrões que estabelecemos para a empresa e nossos acionistas. O declínio repentino e rápido da atividade econômica foi o maior impulsionador, mas o déficit também reflete nossos próprios problemas de execução”, disse Pat Gelsinger, CEO da Intel. “Estamos respondendo às mudanças nos negócios, trabalhando em estreita colaboração com nossos clientes enquanto permanecemos focados em nossa estratégia”, completa.
Às 17h40 (de Brasília) desta quinta-feira (28), a ação da companhia recuava 9,56% no after hours em Nova York.
2 – ISA Cteep tem queda no lucro do 2º tri com postergação de indenizações
A transmissora de energia ISA Cteep (TRPL4) encerrou o segundo trimestre com um lucro líquido de R$ 74,1 milhões, queda de 70,1% no comparativo anual.
O desempenho na última linha do balanço foi afetado principalmente por uma piora do resultado financeiro, que ficou negativo em R$ 301,0 milhões no período, um aumento 117,5% se comparado à despesa financeira do segundo trimestre de 2021.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da ISA Cteep atingiu R$ 555 milhões, 12% abaixo do registrado um ano antes.
A piora do Ebitda é explicada principalmente pela redução de 7,5% da receita líquida, a R$ 732,9 milhões, devido à reprogramação de pagamentos da Rede Básica Sistema Existente (RBSE).
A postergação de indenizações de RBSE às transmissoras foi determinada pela agência reguladora Aneel no ano passado, a fim de atenuar reajustes tarifários aos consumidores, e com efeito sobre o resultado das transmissoras no curto prazo.
Segundo a diretora financeira da ISA Cteep, Carisa Cristal, o impacto dessa reprogramação da RBSE tende a ser menor no terceiro trimestre.
“Já começamos agora a sentir nesse próximo semestre, teremos um aumento da ordem de R$ 100 milhões (de recomposição da RBSE), e no primeiro semestre do ano que vem, se repetem esses R$ 100 milhões. A partir de julho de 2023, voltamos aos patamares normais da RBSE”, disse, em entrevista à Reuters.
Já do lado positivo, a executiva destacou no trimestre a atualização da receita anual permitida (RAP) deste ciclo tarifário pelo IPCA e a entrada em operação de novos empreendimentos de transmissão da companhia.
Em 2022, a ISA Cteep já energizou os projetos Três Lagoas (MS/SP) e Aimorés (MG) e deve concluir Paraguaçu (BA/MG) em breve. Até o fim do ano, estão previstas as entregas de Biguaçu (SC), Itaúnas (ES) e Ivaí (PR).
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Leilões
O diretor-presidente da ISA Cteep, Rui Chammas, destacou que a companhia vem aumentando seu portfólio, tendo adquirido dois lotes no último leilão de transmissão em junho.
Segundo ele, a empresa já está analisando os empreendimentos dos próximos certames, principalmente os de 2023, nos quais devem ser ofertados grandes linhões para escoamento de energia gerada no Nordeste.
“Vamos continuar investindo na modernização dos nossos ativos em São Paulo e vamos analisar com muita atenção os R$ 50 bilhões (em investimentos) que estão indicados para os leilões de 2023, em princípio”, disse Chammas.
Revisão de indenizações da RBSE
O presidente da transmissora comentou ainda sobre a discussão recente sobre a RBSE, que poderia reduzir o saldo devedor das indenizações em cerca de R$ 2,4 bilhões, a R$ 31,52 bilhões.
“Na nossa visão, a questão… já foi definida em segunda instância na Aneel, não cabe mudar o passado. De qualquer maneira, tem o mérito para ser analisado… Como isso vai ser encaminhado, não sabemos”, disse.
O tema voltou à tona neste ano, após a divulgação, em junho, de uma nota técnica da Aneel que recomendava uma mudança no tratamento do componente financeiro da RBSE.
Uma decisão monocrática de um diretor da Aneel chegou a determinar a revisão dos cálculos, mas ISA Cteep e Eletrobras conseguiram suspendê-la na Justiça. A agência reguladora ainda vai analisar o mérito da decisão –o processo está atualmente suspenso por pedido de vista do diretor Efrain da Cruz.
“Acredito que, passada essa perturbação de processo… o tema será apreciado com o rigor que é característico da Aneel”.
3 – Governo muda regulamentação do IOF em operações de câmbio para transferência ao exterior
O governo modificou nesta quinta-feira (28), por meio de um decreto, a regulamentação do IOF nas operações de câmbio relativas à transferência de valores para o exterior, informou a Secretaria-Geral da Presidência da República.
O novo decreto modifica a regulamentação do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) contida no Decreto nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007, com entrada em vigor a partir de 2023, segundo nota da Secretaria-Geral.
“A medida, além de promover ajustes em dispositivos com vistas à legislação aplicável ao Sistema de Pagamentos Brasileiro, dispõe sobre a incidência do IOF nas operações de câmbio relativas à transferência, ao exterior, de recursos em moeda nacional, mantidos em contas de depósito de não residentes no Brasil, decorrentes de obrigações de participantes de arranjos de pagamento internacional relacionadas à aquisição de bens e serviços do exterior e de saques no exterior por usuários finais dos referidos arranjos”, disse a pasta.
O novo decreto inclui as operações citadas na redução gradativa da alíquota do IOF incidente sobre as operações de câmbio ao longo dos próximos anos, conforme previsto por um outro decreto de março, a fim de adequar a legislação ao Código de Liberalização de Capitais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
4 – MP abre crédito de R$ 10,9 bi para auxílio a caminhoneiros e taxistas
O governo federal editou a Medida Provisória 1.131, publicada em edição extra do Diário Oficial da União desta quinta-feira (28) para abrir crédito extraordinário de R$ 10,901 bilhões que irá viabilizar o pagamento do auxílio aos transportadores autônomos de cargas e o pagamento do auxílio aos motoristas de táxi. Além disso, a medida destina recursos para a concessão de auxílio financeiro para Estados e o Distrito Federal que outorgarem créditos tributários do ICMS aos produtores ou distribuidores de etanol hidratado.
O auxílio a ser pago aos motoristas de táxi e transportadores autônomos está previsto na PEC dos Benefícios, convertida em emenda constitucional em meados de julho. No caso dos taxistas, o benefício será transferido até dezembro de 2022, em parcelas mensais, no valor máximo de R$ 1 mil. Segundo a MP, para o programa estão sendo destinados um valor total de cerca de R$ 2 bilhões.
Para o auxílio aos transportadores autônomos de cargas, a medida destina um total de R$ 5,101 bilhões. Esses profissionais receberão seis parcelas também de R$ 1 mil. O Ministério do Trabalho e Previdência já havia informado a intenção de pagar o primeiro lote do benefício aos taxistas em 16 de agosto e aos caminhoneiros em 9 de agosto.
Outros R$ 3,8 bilhões serão destinados aos Estados e Distrito Federal para outorga de créditos tributários do ICMS aos produtores ou distribuidores de etanol hidratado.
5 – Petrobras reduz preço de querosene e gasolina de aviação
A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (28) haverá redução de 2,6% no preço médio de venda de querosene de aviação (QAV), de 5,7% no preço médio de gasolina de aviação (GAV) e de 4,5% no do asfalto para as distribuidoras. Os novos preços começam a valer na próxima segunda-feira (1º)
A companhia explicou que os ajustes de preços dos combustíveis de aviação são mensais e definidos por meio de fórmula contratual negociada com as distribuidoras.
A Petrobras (PETR3 PETR4) comercializa o querosene e a gasolina de aviação produzidos em suas refinarias ou importados apenas para as distribuidoras. “As distribuidoras, por sua vez, transportam e comercializam o produto para as empresas de transporte aéreo e outros consumidores finais nos aeroportos, ou para os revendedores. Distribuidores e revendedores são os responsáveis pelas instalações nos aeroportos e pelos serviços de abastecimento”, detalha a companhia.
Em relação ao mercado de ligantes asfálticos, os preços têm reajustes mensais, conforme previsto nos contratos com os distribuidores de asfaltos.
Gasolina
A Petrobras anunciou ainda a redução, a partir de amanhã (29), do preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras de R$ 3,86 para R$ 3,71 por litro. A queda é de R$ 0,15 por litro.
*Com informações da Reuters, Estadão Conteúdo e Agência Brasil
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