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Economia

5 fatos para hoje: Petrobras eleva querosene de aviação; bandeira verde em maio

Citigroup está em “diálogo ativo” para vender seu negócio de varejo na Rússia que anunciou há um ano.

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Citi prevê crescer receitas com Brasil em 50% até 2024 10/03/2015 REUTERS/Lucy Nicholson

1 – Citi tem conversas ativas para vender unidade de varejo na Rússia, diz presidente

O Citigroup (CTGP34) está em “diálogo ativo” para vender seu negócio de varejo na Rússia que anunciou há um ano, disse a presidente-executiva Jane Fraser nesta segunda-feira (02).

“Estamos vendendo nosso negócio de consumo e nossa franquia de banco comercial, e em diálogo ativo sobre isso”, disse Fraser em entrevista à Bloomberg.

Os investidores temem que a venda esteja no limbo por causa das sanções econômicas que os países ocidentais impuseram para punir a Rússia por ter invadido a Ucrânia.

Fraser anunciou em abril de 2021 que o Citi venderia seus negócios de consumo na Rússia, juntamente com uma dúzia de outros negócios de consumo nos mercados da Ásia e da EMEA, que ela disse serem pequenos demais para manter. Desde então, o Citi encontrou compradores para muitos desses negócios.

Fraser também disse na entrevista que o Citigroup continuará atendendo corporações multinacionais na Rússia porque eles precisam que o banco feche seus negócios lá.

“Paramos de solicitar novos negócios, novos clientes. Estamos claramente diminuindo nossas exposições, nossos negócios”, disse Fraser.

No início do dia, Fraser dissera que o uso de sanções pelos países ocidentais como arma contra a Rússia está levando alguns clientes internacionais do Citi a explorar novas maneiras de conduzir o comércio e as finanças.

No Oriente Médio, Fraser disse, “você ouve os clientes lá falarem sobre o fato de que eles não confiam na ordem financeira ocidental para colocar todos os seus ovos naquela cesta daqui para frente, que eles vão procurar outros lugares.”

O Citigroup é o mais diversificado internacionalmente dos grandes bancos dos Estados Unidos, fornecendo financiamento comercial para corporações e gestão de patrimônio para bilionários em todo o mundo.

2 – Petrobras eleva preço do querosene de aviação; Abear diz que alta fica próxima de 7%

A Petrobras (PETR3, PETR4) elevou o preço do querosene de aviação (QAV) em vários polos a partir de domingo (01), de acordo com informação de seu site, numa alta média que ficou próxima de 7%, segundo a Abear, associação que reúne as empresas aéreas. De acordo com a Abear, os dados da Petrobras apontam uma alta acumulada no ano de cerca de 49%, com a companhia repassando custos da alta do preço internacional do petróleo.

Os novos preços começaram a vigorar nesta semana após uma alta de cerca de 18% em abril. Somente no ano passado, o valor do QAV acumulou aumento de 92%, de acordo com a associação. O QAV representa mais de um terço dos custos das companhias aéreas. “Mais uma vez o reajuste anunciado pela Petrobras comprova como as companhias aéreas enfrentam diariamente a alta dos custos estruturais…”, disse o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. Procurada, a Petrobras não comentou imediatamente o reajuste.

3 – Venda da CCR pela Andrade depende da reestruturação de eurobônus

O plano da construtora brasileira Andrade Gutierrez de vender sua participação na operadora de rodovias CCR (CCRO3) depende de um acordo com detentores de títulos sobre a reestruturação da dívida externa, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

Na nova proposta feita pela empresa, os detentores de eurobônus ficariam com R$ 820 milhões do dinheiro recebido com a venda da CCR, e não R$ 1,6 bilhão como proposto anteriormente, disseram as pessoas. A dívida remanescente desses credores externos seria trocada por um novo título, segundo as pessoas.

Em 24 de março, a Andrade Gutierrez recebeu uma oferta não-vinculante para vender 14,86% da CCR para Itaúsa e Votorantim por R$ 13,75 por ação, no total de cerca de R$ 4,1 bilhões, segundo um documento regulatório. Isso é menos do que uma proposta anterior da IG4 Transport LP com a Macquarie Asset Management, de R$ 15,44 por ação, que totalizaria R$ 5 bilhões e que não foi aprovada pelos acionistas. Agora a empresa receberá menos com a venda de participação, assim como os detentores de títulos, disseram as pessoas.

A Andrade Gutierrez agora planeja usar R$ 400 milhões, ante R$ 150 milhões de reais em um plano discutido anteriormente. As 300,1 milhões de ações da CCR, que administra rodovias e aeroportos no Brasil, foram dadas como garantia a bancos locais e detentores de títulos internacionais e locais, disseram pessoas anteriormente. Os credores locais, que estão sobrecolateralizados e possuem 191 milhões dessas ações em garantia, receberiam R$ 2 bilhões da venda, disseram as pessoas. Os credores locais já aceitaram a proposta. 

A Andrade Gutierrez não quis comentar. 

Os detentores de títulos de dívida externa estão sendo aconselhados pelo Lazard e a empresa, pela Moelis, disseram pessoas anteriormente.

A dívida da construtora inclui US$ 480 milhões em títulos internacionais inadimplentes e R$ 1,975 bilhão em títulos locais, dos quais cerca de R$ 1,6 bilhão vendidos aos bancos locais Banco do Brasil e Banco Bradesco. Os títulos da dívida externa da Andrade Gutierrez estão sendo negociados a 62 centavos de dólar.

4 – Aneel recebe sugestões para atualização das bandeiras tarifárias

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) recebe até quarta-feira (4) propostas da sociedade sobre a atualização anual dos valores das bandeiras tarifárias. As sugestões estão sendo recebidas desde 14 de abril por meio da Consulta Pública nº 012/2022. Os novos valores serão cobrados a partir de junho deste ano. 

As contribuições podem ser enviadas para o e-mail [email protected]. Os documentos relacionados à consulta estão disponíveis no site da agência.  

A Aneel sugeriu para a bandeira amarela R$ 2,927 para cada 100 kWh consumidos. A bandeira vermelha 1 deve ficar em R$ 6,237 a cada 100 kWh, e a bandeira vermelha patamar 2 em R$ 9,33 a cada 100 kWh. Na bandeira verde, não há cobrança de taxa extra na conta de luz. 

Bandeira verde em maio 

Na sexta-feira (29), a Aneel informou que a  bandeira tarifária no mês de maio será verde para todos consumidores do Sistema Interligado Nacional, que abrange a maior parte do país. Dessa forma, não haverá cobrança extra na conta de luz, segundo a agência. 

Criado pela Aneel em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. O cálculo para acionamento das bandeiras tarifárias leva em conta, principalmente, dois fatores: o risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês) e o preço da energia (PLD).

As bandeiras tarifárias funcionam da seguinte maneira. As cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração, sendo a bandeira vermelha a que tem um custo maior e a verde, o menor.

Com informações da Aneel 

5 – BNDES contrata fundo de investimento para sete setores-chave

O fundo de investimento Lightrock Growth Equity Fund II Brasil FIP Multiestratégia (LGEF II) é o primeiro contratado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) depois da Chamada Pública para a Seleção de Fundos de Investimento de Impacto.

Selecionado na modalidade Fundos de Investimento em Participações (FIP) Impacto Livre, ele receberá aporte do BNDES de até R$ 250 milhões por meio da subscrição de cotas do fundo, o que representa até 25% do seu patrimônio alvo: R$ 1 bilhão.

Segundo informações do banco, por meio de sua assessoria de imprensa, a diferença será captada no mercado. “O objetivo é investir em empresas que ofereçam produtos e serviços inovadores e gerem impactos socioambientais positivos”, explicou.

O fundo vai investir em companhias que já comprovaram seu modelo de negócio, estão em fase de crescimento, são escaláveis e precisam de capital para sustentar o crescimento e entregar o retorno financeiro e de impacto a que se propõem.

Serão priorizados sete setores-chave: saúde, educação, energia renovável, agricultura e alimentação sustentável, mobilidade e transporte eficiente, transformação do sistema financeiro e infraestrutura digital. O período de investimento do fundo será de quatro anos, com prazo total de oito anos.

Investimentos de impacto

O diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto do BNDES, Bruno Laskowsky, ressaltou que é uma iniciativa pioneira da instituição apoiar investimentos de impacto através de um fundo de participações acionárias.

“O apoio da BNDESPAR a esse fundo está alinhado com duas verticais da Estratégia Nacional de Investimentos e Negócios de Impacto (Enimpacto): ampliação de oferta de capital e aumento do número de negócios de impacto”, explicou.

A responsável pelo LGEF II, Lightrock Gestora de Recursos Ltda, utilizará metodologia de impacto própria, vistoriada por auditoria independente, para mensuração periódica dos impactos de cada negócio, não só previamente, mas durante o investimento pelo fundo, que levará em conta os aspectos ambiental, social e de governança.

“A Lightrock busca investir em companhias que tragam soluções aos grandes desafios estruturais enfrentados por nossas sociedades, tanto no aspecto social quanto ambiental. Temos cada vez mais direcionado recursos para o mercado local e, nesse sentido, estamos honrados em receber o BNDES como investidor em nosso novo fundo”, afirmou Marcos Wilson Pereira, sócio e líder para a América Latina da gestora.

Modalidades

Lançada em julho de 2021, a chamada inclui duas modalidades de fundos, de acordo com o porte das empresas investidas: FIP Impacto MPME e FIP Impacto Livre. Na modalidade FIP Impacto MPME, as empresas deverão ter faturamento de até R$ 90 milhões. Já na modalidade FIP Impacto Livre, não há limite máximo de faturamento.

Na modalidade FIP Impacto MPME, cada fundo deve ter como meta captar pelo menos R$ 200 milhões. Na modalidade FIP Impacto Livre, o fundo deve ter como perspectiva capital comprometido mínimo de R$ 400 milhões. No caso do LGEF II, o capital pode chegar a R$ 1 bilhão. O percentual máximo de participação do BNDES no capital comprometido de cada fundo selecionado pela chamada é de até 25%.

Com essa iniciativa da Chamada de Impacto, o banco investirá até R$ 450 milhões, de modo a estimular negócios que apoiem a transformação da sociedade e a melhoria de vida dos brasileiros sob diversos aspectos, como gestão de resíduos, moradia, acessibilidade digital, meio ambiente, transporte, recursos hídricos, saneamento básico e educação. A ação está em linha com o Plano Trienal 2020-2022 do BNDES, reforçou a instituição. No âmbito da Chamada de Impacto, serão contratados outros dois fundos que estão em fase de diligência.

* Com informações da Reuters, Bloomberg e Agência Brasil.

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