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Economia

5 fatos para hoje: fusão Localiza-Unidas; crédito para empresas negativadas

Com o sinal verde do Cade, Localiza e Unidas esperam fechar a combinação de negócios em 1º de julho, disseram as duas empresas em fato relevante conjunto.

1 – Cade dá aval para Brookfield comprar ativos e fusão Localiza-Unidas será concluída em julho

O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira (22) um fundo da gestora canadense Brookfield (B1AM34), que controla a locadora de veículos Ouro Verde, como comprador dos ativos vendidos no âmbito da fusão entre as líderes do setor Localiza (RENT3) e Unidas (LCAM3).

Com o sinal verde do Cade, Localiza e Unidas esperam fechar a combinação de negócios em 1º de julho, disseram as duas empresas em fato relevante conjunto.

A venda é de ativos da Unidas, incluindo 49 mil carros, e foi determinada pelo tribunal do Cade em dezembro como condição para que o negócio, uma fusão entre as duas maiores locadoras de veículos do país, recebesse a aprovação da autarquia.

A Brookfield acertou a compra dos ativos por cerca de R$ 3,6 bilhões, segundo divulgado pelas locadoras em meados de junho.

Apesar do nome da compradora ter sido aprovado, o fechamento da venda dos ativos à Brookfield “permanece sujeito à aprovação do Cade, dentre outras condições, e ocorrerá posteriormente à consumação da combinação de negócios”, disseram Localiza e Unidas.

2 – Cade assina acordos com Citibank e Société Générale Brasil em caso de manipulação de câmbio

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica homologou nesta quarta-feira (22) acordos com as unidades brasileiras dos bancos Citibank e Société Générale em um caso relativo a um esquema de manipulação de taxas de câmbio no país.

O Citibank se comprometeu a pagar R$ 71,6 milhões e o Société vai pagar R$ 5,57 milhões, informou o Cade.

O caso investigou um esquema de cartel no mercado onshore de câmbio envolvendo o real no Brasil. O processo foi iniciado em 2016 a partir de acordo de leniência assinado entre a Superintendência-Geral do Cade, banco HSBC Brasil e um de seus funcionários, afirmou a autarquia.

Quando iniciou a investigação, o Cade via evidências de fixação de níveis de preços (spread cambial); coordenação na compra e venda de moedas e propostas de preços para clientes; além de imposição de dificuldades para atuação de outros operadores no mercado de câmbio envolvendo a moeda brasileira.

3 – Pacheco diz que inclusão de voucher e vale-gás em PEC precisa de estudos de impacto e de vedações eleitorais

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quarta-feira (22) que a eventual inclusão de um voucher para caminhoneiros para aquisição de diesel e de um aumento no vale-gás em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre combustíveis precisa ser precedida por análises de impacto fiscal e de eventuais restrições decorrentes do período eleitoral.

“Todas as questões relativas à PEC, não só da sua essência como ela está considerada hoje, mas outro instituto que se queira incluir… tudo isso deve ser precedido por um estudo sobre a viabilidade, o impacto, as vedações eleitorais que se tem em razão do período eleitoral”, disse Pacheco em entrevista coletiva no Senado.

“Esse critério é muito próprio do relator e da dinâmica da discussão no âmbito do Senado Federal, e naturalmente o Ministério da Economia e o governo poderão participar através da liderança de governo dando as sugestões também o que é a posição do governo”, acrescentou.

Pacheco reconheceu que a situação atual é “bem diferente da normalidade”, em meio à elevação do preço dos combustíveis e os impactos da guerra na Ucrânia, mas ponderou que é preciso ter “responsabilidade fiscal de fato” e só se “admitir fugir do teto de gastos aquilo que for muito essencial”.

“Vamos ter que ter essa dose de responsabilidade de coabitar o interesse da responsabilidade fiscal com interesse de colocar em prática soluções que sejam eficazes na questão dos combustíveis”, ponderou.

4 – Aprovação de Biden cai pela quarta semana seguida e iguala recorde negativo, diz pesquisa Reuters/Ipsos

A aprovação do presidente norte-americano, Joe Biden, caiu pela quarta semana consecutiva, para 36%, igualando o patamar mais baixo, atingido no final de maio, segundo uma pesquisa de opinião Reuters/Ipsos divulgada nesta quarta-feira (22).

O índice de aprovação do presidente está abaixo de 50% desde agosto, um sinal de alerta de que o Partido Democrata pode perder o controle de pelo menos uma das Casas do Congresso nas eleições legislativas de 8 de novembro.

Para 34% dos norte-americanos, a economia é a questão mais importante nos Estados Unidos. Biden lida com a maior inflação em 40 anos, com a invasão da Rússia à Ucrânia restringindo o fornecimento global de combustível e cadeias de abastecimento ainda limitadas pela pandemia de Covid-19.

No seu próprio partido, o índice de aprovação de Biden permanece praticamente intacto desde a semana passada – 73%, em comparação a 74% em 15 de junho. Em agosto, 85% dos democratas aprovavam o governo de Biden.

Mas entre republicanos, a aprovação de Biden caiu para 7%, em comparação com 11% em 15 de junho. Apenas 18% dos norte-americanos pensam que o país está indo na direção certa.

O índice de aprovação de Biden está se aproximando –mas ainda não chegou lá- dos menores patamares do seu predecessor, Donald Trump, que teve 33% de aprovação em dezembro de 2017.

5 – SP: Banco do Povo oferece crédito de R$ 5 mil a empresas negativadas

O Banco do Povo, programa de microcrédito do governo de São Paulo, está oferecendo uma linha de crédito para empresas paulistas negativadas durante a pandemia de covid-19. No total, estão disponíveis R$ 100 milhões.

A nova linha, chamada Nome Limpo, tem como objetivo ajudar empresas afetadas pelas restrições geradas pela pandemia de covid-19. 

O benefício deve ser usado para quitar dívidas do próprio negócio que foram contraídas após o início da pandemia de covid-19, ou seja, a partir de março de 2020. Os empresários podem solicitar crédito de R$ 100 a R$ 5 mil reais, com até 180 dias para iniciar o pagamento da 1ª parcela, e 24 meses para quitação do crédito. 

“Acompanhando os impactos da pandemia em nossa economia, entendemos que muitos empreendedores estavam com o nome sujo por não conseguirem pagar pequenas dívidas, essenciais para os seus negócios. O Nome Limpo foi criado para atender essa demanda”, destacou a secretária- executiva da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado, Marina Bragante. 

Para solicitar a linha de crédito, os interessados devem comparecer à unidade do Banco do Povo no município onde o CNPJ da empresa está registrado. O crédito será concedido a pessoas jurídicas qualificadas como MEI (Microeemprendedor Individual), ME (Micro Empresa), Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) ou LTDA (sociedade limitada).

Na capital paulista, o Banco do Povo fica na Rua Boa Vista, 170, na Sé.

* Com informações da Reuters, Estadão Conteúdo e Agência Brasil 

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