As empresas de saneamento Aegea e Iguá (IGSN3) venceram a disputa pela maior parte dos ativos da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), realizado nesta sexta-feira, 30, na B3, com ofertas de outorgas de mais de 100% sobre os lances mínimos em um total de R$ 22,7 bilhões, ante uma outorga mínima de R$ 10,6 bilhões.
A Aegea venceu os lotes 1 e 4 em disputas acirradas que foram para a fase viva-voz, marcada por incrementos nos lances da ordem de R$ 100 milhões.
Para o lote 1, a Aegea, que tem suporte do fundo soberano de Cingapura (GIC) e da Itaúsa, ofereceu inicialmente R$ 5,97 bilhões ante outorga mínima de R$ 4,036 bilhões. A empresa elevou o lance a até R$ 8,2 bilhões e venceu na fase viva-voz, superando Iguá Saneamento e consórcio Rendentor, integrado pela Equatorial Energia.
A Aegea também venceu a disputa pelo lote 4, com lance de R$ 7,2 bilhões, ágio de quase 188% sobre o valor mínimo. Pelo ativo, o grupo enfrentou no viva-voz o consórcio Redentor.
O lote 2 foi vencido pela Iguá Saneameanto, que conta com suporte do fundo canadense de pensão CPP. A empresa ofereceu cerca de R$ 7,3 bilhões, ante um mínimo de R$ 3,17 bilhões.
Para o lote 3, apenas um grupo havia se credenciado, a Aegea, mas pelas regras do edital, a empresa pode desistir do interesse e o leilão foi encerrado.
