Os preços ao consumidor da China subiram no ritmo mais lento em quatro meses em outubro, enquanto a deflação dos preços ao produtor se aprofundou, mostraram dados no sábado, mesmo com Pequim ampliando o estímulo para apoiar a economia.
Em suas mais recentes medidas de estímulo, o principal órgão legislativo do país aprovou um pacote de 10 trilhões de iuanes (US$ 1,4 trilhão) na sexta-feira (8) para aliviar as cargas de “dívidas ocultas” do governo local, em vez de injetar dinheiro diretamente na segunda maior economia do mundo, como alguns investidores esperavam.
Analistas dizem que o pacote provavelmente fará pouco para impulsionar a atividade econômica, a demanda e os preços no curto prazo.
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O índice de preços ao consumidor (IPC) subiu 0,3% ante o ano anterior no mês passado, desacelerando em relação ao aumento de 0,4% registrado em setembro e marcando o menor valor desde junho, segundo dados do Centro Nacional de Estatísticas, ficando abaixo do crescimento de 0,4% previsto em uma pesquisa da Reuters com economistas.
Entretanto, o núcleo da inflação, excluindo os preços voláteis de alimentos e combustíveis, subiu 0,2% em outubro, acelerando em relação ao 0,1% registrado em setembro.
“Devido ao feriado da Semana Dourada em outubro, o efeito das políticas de estímulo na promoção da demanda doméstica emitidas desde o final de setembro ainda não é óbvio”, disse Bruce Pang, economista-chefe da JLL.
Ele espera que o IPC mantenha uma tendência de alta, enquanto o núcleo da inflação deve permanecer moderado, abrindo espaço para que as autoridades reduzam ainda mais as taxas de juros no início do próximo ano.
Os preços ao produtor caíram 2,9% em outubro na comparação anual, mais do que a queda de 2,8% no mês anterior e da expectativa de queda de 2,5%. Essa foi a maior queda em 11 meses.
No final de setembro, o banco central da China divulgou as medidas de apoio monetário mais agressivas desde a pandemia da Covid-19 para retomar o crescimento econômico.
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