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Economia

Argentina corta imposto sobre salários médios para compensar inflação alta

Medida gerou dúvidas no governo porque implica em uma arrecadação de impostos menor em um momento em que o país deve passar pela revisão de um acordo com o FMI para a reestruturação de uma dívida.

Ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán 28/01/2022. REUTERS/Agustin Marcarian

A Argentina anunciou nesta sexta-feira (27) uma redução do imposto sobre os salários médios para adequá-los aos reajustes salariais que ocorreram este ano em linha com a inflação alta que assola o país e pode ultrapassar 60% dentro do período.

A medida, exigida por sindicatos, gerou dúvidas no governo porque implica em uma arrecadação de impostos menor em um momento em que o país deve passar pela revisão de um acordo com o Fundo Monetário Internacional para a reestruturação de uma dívida de US$ 44 bilhões.

Durante o anúncio, o ministro da Economia, Martín Guzmán, disse que 1,2 milhão de trabalhadores deixarão de pagar o imposto em comparação a 2019.

“Todo o esquema de políticas econômicas que realizamos é um esquema que transforma realidades (…) para que a Argentina continue no caminho da recuperação e da melhoria da capacidade de arrecadação”, acrescentou a autoridade.

A mudança no Imposto de Renda isentará do pagamento os funcionários que ganham até 280.792 pesos por mês (US$ 2.348, pelo câmbio oficial), que no último ano tiveram reajustes salariais em linha com a inflação e, portanto, pagavam um imposto mais alto, apesar de terem um poder de compra igual ou até menor.

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