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Economia

Confiança do Consumidor sobe em dezembro, mas fecha ano em queda

A confiança do consumidor subiu 0,6 ponto em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal.

Confiança do consumidor
Pessoas transitam no Rio de Janeiro 23/12/2020 REUTERS/Pilar Olivares.

O ano de 2021 termina com leve alta da confiança dos consumidores brasileiros em dezembro, provavelmente devido a uma melhora das expectativas.

A confiança do consumidor subiu 0,6 ponto em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal, informou nesta quarta-feira (22) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) cresceu a 75,5 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice aumentou 0,1 ponto.

“A confiança do consumidor apresenta um resultado positivo, mas fecha 2021 em queda de 2,6 pontos. Foi um ano difícil para os consumidores, principalmente para os de menor poder aquisitivo. O descolamento entre a confiança dos consumidores de baixa renda dos de alta renda atingiu o maior nível da série dos últimos 17 anos, principalmente em função da dificuldade financeira dos consumidores de menor nível de renda diante do quadro de desemprego, inflação elevada e aumento do endividamento. 2022 será um ano desafiador tanto para a melhora da confiança geral quanto para a diminuição da desigualdade na percepção dos desafios econômicos por famílias com diferentes níveis de renda”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Em dezembro, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 1,3 ponto, para 65,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) cresceu 2,0 pontos, para 83,4 pontos.

A piora da avaliação dos consumidores sobre a situação atual foi puxada por uma deterioração da situação financeira das famílias. O item que mede a satisfação sobre as finanças pessoais caiu 2,9 pontos, para 59,2 pontos. O componente que mede a percepção dos consumidores sobre a situação econômica atual se manteve relativamente estável ao variar 0,3 ponto, para 72,8 pontos. Ambos se mantêm em patamar muito baixo em termos históricos, aponta a FGV.

Com relação às expectativas para os próximos meses, o item que mede as perspectivas sobre a situação financeira familiar avançou 5,5 pontos, para 85,5 pontos. O componente que mostra as expectativas sobre a situação econômica subiu 3,8 ponto, para 104,1 pontos. Por outro lado, o ímpeto de compras para os próximos meses continuou caindo pelo quarto mês consecutivo, com queda de 3,6 pontos para 62,8 pontos.

No mês de dezembro, houve acomodação da confiança para os consumidores de menor renda familiar (que recebem até R$ 4.800 mensais), mas melhora para as famílias nas duas faixas superiores de renda, acima de R$ 4.800 mensais. Entre as famílias mais ricas, com renda acima de R$ 9.600,00, o ICC avançou 2,3 pontos, passando de 85,3 em novembro para 87,6 em dezembro. Na faixa de renda mais baixa, que recebe até R$ 2.100,00 mensais, o ICC ficou em 63,7 pontos, alta de 0,6 ponto ante novembro.

A Sondagem do Consumidor coletou informações de 1.463 domicílios, com entrevistas entre os dias 1º e 20 de dezembro.

Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo

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