EUA aprovam internet por satélite de empresa de Elon Musk para uso em veículos
A agência de telecomunicações dos Estados Unidos (FCC) autorizou a SpaceX a usar sua rede de satélites Starlink para levar acesso à internet a veículos, abrindo caminho para o plano da companhia do bilionário Elon Musk de oferecer banda larga em aviões comerciais, navios e caminhões.
A Starlink há tempos planeja ampliar seus serviços para além da oferta de internet rápida para clientes individuais em locais remotos, buscando os potencialmente lucrativos setores automotivo, aéreo e de transporte de carga.
A SpaceX lançou desde 2019 cerca de 2.700 satélites da constelação Starlink e já possui centenas de milhares de assinantes do serviço de acesso à internet, incluindo muitos que compraram kits de instalação por 599 dólares e que pagam 110 dólares por mês pela banda larga da empresa.
“Vamos estar em aviões muito em breve e espero que os passageiros fiquem impressionados com a experiência”, afirmou o diretor comercial da Starlink, Jonathan Hofeller, em conferência do setor aéreo realizada mais cedo neste mês.
Meta cita ventos contrários
A Meta, dona do Facebook (FBOK34), está se preparando para um segundo semestre mais enxuto, enquanto lida com pressões macroeconômicas e impactos da privacidade de dados em seus negócios de anúncios, de acordo com um memorando interno visto pela Reuters nesta quinta-feira.
“A empresa precisa de mais foco” e “operar de maneira mais leve e ter melhores equipes de execução”, escreveu o diretor de produtos Chris Cox no memorando, que apareceu no fórum de discussão interno da empresa.
“Tenho que ressaltar que estamos em tempos sérios aqui e os ventos contrários são ferozes. Precisamos executar perfeitamente em um ambiente de crescimento mais lento, onde as equipes não devem esperar grandes influxos de novos engenheiros e orçamentos”, escreveu Cox.
A Meta não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O memorando é a previsão aproximada mais recente dos executivos da Meta, que já decidiram cortar custos e interromper as contratações em grande parte da empresa este ano diante da desaceleração das vendas de anúncios e do crescimento de usuários.
A maior empresa de mídia social do mundo perdeu cerca de metade de seu valor de mercado este ano, depois que a Meta informou que houve um declínio trimestral pela primeira vez nos usuários ativos diários em seu principal aplicativo Facebook.
Em seu memorando, Cox disse que a Meta precisaria aumentar em cinco vezes o número de unidades de processamento gráfico (GPUs) em seus data centers até o final do ano para apoiar o impulso de “descoberta”, que exige poder computacional extra para que a inteligência artificial sugira postagens do Facebook e Instagram nos feeds dos usuários.
O interesse no Reels, produto de vídeo curto estilo TikTok da Meta, estava crescendo rapidamente, disse Cox, com os usuários dobrando a quantidade de tempo que passavam no Reels ano após ano, tanto nos Estados Unidos quanto no mundo.
Cerca de 80% do crescimento desde março veio do Facebook, acrescentou.
Cox disse que a Meta também viu possibilidades de crescimento de receita em mensagens de negócios e ferramentas de compras no aplicativo, o último dos quais, acrescentou, poderia “mitigar a perda de sinal” criada pelas mudanças de privacidade lideradas pela Apple.
Ele disse que a divisão de hardware da empresa estava focada no lançamento bem-sucedido de seu óculos de realidade mista, com o codinome “Cambria”, no segundo semestre do ano. A Meta também estava trabalhando para vincular contas em seus produtos de realidade virtual e aplicativos tradicionais de mídia social, disse.
Veja também
- Elon Musk revela táxi-robô da Tesla
- STF manda transferir R$ 18,3 milhões do X e da Starlink para a União e desbloqueia contas
- SpaceX lança tripulação com bilionário em missão espacial
- Maioria discorda de decisão de Moraes de suspender X, diz pesquisa
- Starlink volta atrás e diz que cumprirá bloqueio do X no Brasil