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Economia

Focus: projeção de inflação sobe e Selic vai a 5% em 2020

Veja projeções do Banco Central para Selic, IPCA, PIB e câmbio.

Banco Central
16/05/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino

O mercado elevou suas projeções para a taxa básica de juros neste ano e no próximo depois de o Banco Central ter sinalizado novo aperto monetário em maio, ao mesmo tempo em que o cenário para a inflação voltou a piorar, chegando perto de 5% em 2021.

Selic

A pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira (22) pelo BC mostrou que os especialistas consultados veem agora a Selic a 5% ao final de 2021 e a 6,0% em 2022 na mediana das projeções, de 4,50% e 5,50% respectivamente no levantamento anterior.

Na semana passada, o BC elevou a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, para 2,75%, e disse que deve promover um novo aperto de igual magnitude em sua próxima reunião em maio, ressaltando uma piora nas projeções para a inflação, em meio às incertezas geradas pela pandemia.

IPCA

Para a inflação, a perspectiva no Focus agora é de que o IPCA encerrará este ano com alta de 4,71%, de 4,60% antes. O centro da meta oficial para a inflação em 2021 é de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

O aumento vem na esteira de uma alta esperada de 7,26% nos preços administrados, 1,11 ponto percentual a mais do que na semana anterior.

Para 2022, os especialistas consultados veem alta de 3,51% do IPCA, um ajuste de 0,01 ponto para cima e contra meta de 3,50%, também com margem de 1,5 ponto.

PIB

Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento são agora de 3,22% e 2,39% em 2021 e 2022 respectivamente, de 3,23% e 2,39% antes.

Câmbio

A mediana das expectativas para o câmbio no fim do período seguiu em R$ 5,30, ante R$ 5,05 de um mês atrás. Para 2022, a projeção para o câmbio passou de R$ 5,20 para R$ 5,25, ante R$ 5,00 de quatro pesquisas atrás.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus passou a ser calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano. A mudança foi anunciada em janeiro pelo BC. Com isso, a autarquia espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

* Com Estadão e Reuters.