Gol fecha em queda superior a 11%; CSN cai mais de 5%

As ações das empresas que atuam com commodities terminaram a segunda-feira (11) em queda em meio ao declínio dos preços do petróleo e do minério de ferro. Entre as empresas que compõem o principal indicador da B3, o Ibovespa, a PetroRio foi a única a encerrar com valorização.

A companhia aérea Gol fechou com forte desvalorização após informar que estima reportar prejuízo no balanço referente ao segundo trimestre deste ano, que será divulgado no fim do mês.

A empresa do ramo imobiliário JHSF também caiu depois de comunicar dados operacionais do período, com queda nas vendas, assim como os recibos de ações da rede social Twitter negociados na B3 depois que Elon Musk desistiu de comprar a empresa. Confira os destaques registrados no dia:

Commodities

As ações das companhias ligadas à commodities caíram forte, com destaque para a siderúrgica CSN que ampliou as perdas registradas mais cedo diante do declínio de mais de 3% do preço do minério de ferro na China, em razão dos novos surtos de covid-19 no país. As petroleiras, exceto a PetroRio, também terminaram a sessão em queda acompanhando o recuo do petróleo nos Estados Unidos.

Além disso, a Petrobras informa que assinou, no dia 8 de julho, uma linha de crédito com compromissos de sustentabilidade (SLL) no valor de US$ 1,25 bilhão e vencimento em julho de 2027.

“Trata-se da primeira vez que a Petrobras contrata um financiamento associado as suas metas corporativas de sustentabilidade, o que reforça o foco da companhia na descarbonização de suas operações e amplia a estratégia de gestão de passivos por meio da diversificação de modelos de financiamento, em sintonia com os requerimentos de sustentabilidade cada vez mais presentes nos mercados de dívidas”, disse a empresa em comunicado.

Gol

A Gol (GOLL4) intensificou as perdas e encerrou com declínio de 11,79%, negociada a R$ 7,48. A companhia informou na manhã desta segunda-feira que estima um prejuízo por ação (LPA) de R$ 1,801 no balanço referente ao segundo trimestre deste ano, impactado pelo aumento nos preços dos combustíveis. Já em relação ao papel negociado no exterior, a perda estimada é de US$ 0,751 por ação. A companhia divulga os resultados do período no próximo dia 28. No mesmo setor, a Azul (AZUL4) caiu 7,55%, para R$ 11,51.

JHSF

A JHSF (JHSF3) terminou em baixa de 2,46%, para R$ 5,55, depois que a empresa informou que as vendas contratadas em incorporação somaram R$ 416,5 milhões no período, recuo de 10,3% em relação aos meses de abril a junho de 2021.

Em relatório, Gustavo Cambauva, Elvis Credendio e Bruno Tomazetto, analistas do BTG Pactual, consideraram os resultados operacionais “sólidos”, apesar do cenário macro difícil. O trio reiterou que a queda nas vendas era algo esperado.

“Dito isso, a empresa registrou forte números em seus negócios de shoppings, hotéis e restaurantes (sem mencionar o ramp-up de suas operações aeroportuárias)”, disseram os analistas em relatório ao reafirmarem classificação de compra para os papéis da companhia.

Ygor Altero, da XP Investimentos, classificou a prévia operacional da empresa como “saudável” explicada pelo segmento de shoppings com vendas consolidadas aumentando “significativamente”, ao atingir R$1 bilhão, montante 42,5% em relação ao segundo trimestre de 2021 e 65,2% superior ante o segundo trimestre de 2019.

Twitter

Os recibos de ações do Twitter (TWTR34) também ampliaram o viés negativo e caíram 9,06%, a R$ 88,28, depois que Elon Musk encerrou o acordo de negociação para compra da rede social, já que a empresa teria deixado de oferecer informações sobre contas falsas na plataforma.