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Economia

IBC-Br tem queda de 0,43% em maio

Expectativa medida durante pesquisa da Reuters era avanço de 1%.

Fábrica de alumínio em Pindamonhangaba, SP 19/06/2015 REUTERS/Paulo Whitaker

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) surpreendeu e mostrou que a economia brasileira voltou a contrair em maio, depois de apresentar recuperação no mês anterior

No mês, o IBC-Br, considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve queda de 0,43% em relação a abril, informou o BC em dado dessazonalizado.

O resultado mostra que a economia voltou a contrair depois de recuo do IBC-Br de 2% em março –quando interrompeu 10 meses seguidos de ganhos. Entretanto, a alta de abril foi revisada com força para cima, a 0,85%, de ganho de 0,44% informado antes.

Também fica bem aquém da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 1,0%.

“Em nossa avaliação, o resultado fraco da atividade em maio não é representativo da força e ímpeto do ciclo empresaral”, disse o chefe de pesquisa econômica do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos. “Esperamos que a recuperação econômica avance nos próximos trimestres em conjunto com mais progresso (gradual) da vacinação contra a Covid, renovado estímulo fiscal, recuperação do consumidor e da confiança empresarial.”

Depois de o país ter se tornando o epicentro mundial da pandemia, a atividade econômica vem buscando se recuperar dos efeitos provocados pelas medidas de contenção do coronavírus.

Na comparação com o mesmo mês de 2020, o IBC-Br subiu 14,21%, apresentando no acumulado em 12 meses ganho de 1,07%, segundo números observados.

Em meio ao andamento ainda lento da vacinação no país naquele mês, a produção da indústria brasileira subiu 1,4% em maio após três meses de quedas, retomando o nível pré-pandemia mas com um resultado abaixo do esperado.

As vendas varejistas também subiram, pelo segundo mês seguido, mas o ganho de 1,4% também ficou abaixo do esperado.

Por outro lado, o volume de serviços cresceu 1,2% e o setor deu sinais de aquecimento com alta recorde para o mês de maio.

“A nosso ver, os resultados do IBC-Br de maio precisam ser avaliados com bastante cautela, uma vez que um conjunto amplo de indicadores de atividade havia mostrado que a economia doméstica ganhou tração naquele mês”, afirmou Rodolfo Margato, economista da XP, destacando que houve flexibilização adicional das medidas restritivas de mobilidade e pagamentos de auxílio emergencial.

“As perspectivas para o segundo semestre são favoráveis. A forte retomada dos índices de confiança de empresários e consumidores aponta para aceleração no ritmo de crescimento da atividade local no terceiro trimestre”, completou ele.

Os especialistas consultados na pesquisa semanal Focus do Banco Central veem um crescimento este ano do PIB de 5,26%, com alta em 2022 de 2,09%.

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