O presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, demitiu ao menos 11 mil funcionários na manhã desta quarta-feira, (9). O executivo escreveu uma carta na página interna da companhia com os planos de demissão da empresa. Provavelmente este será um dos maiores cortes do ano até o momento no setor de tecnologia.
A controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp reduziu sua força de trabalho em 13% e estendeu o congelamento de contratações até o primeiro trimestre do próximo ano.
Zuckerberg parecia abatido na reunião com centenas de executivos na véspera da demissão e disse que era responsável pelos erros da empresa e que seu excesso de otimismo sobre o crescimento levou ao excesso de pessoal, segundo fontes familiarizadas com a reunião. A chefe de recursos humanos da Meta, Lori Goler, disse ao grupo que os funcionários que perderem seus empregos receberão pelo menos quatro meses de salário como indenização, segundo pessoas familiarizadas.
Zuckerberg descreveu cortes amplos e mencionou especificamente as equipes de recrutamento e de negócios como aquelas que enfrentam demissões. Após a reunião, os diretores da empresa em várias seções da organização começaram a notificar seus subordinados sobre cortes e reorganizações.
Já em carta aos funcionários, Zuckerberg disse querer “assumir a responsabilidade por essas decisões e por como chegamos aqui”. Sei que isso é difícil para todos e lamento especialmente os afetados.”
As ações da Meta caíram mais de 70% este ano. A empresa destacou a deterioração das tendências macroeconômicas, mas os investidores também ficaram assustados com seus gastos e ameaças ao principal negócio de mídia social da empresa. O crescimento desse negócio em muitos mercados estagnou em meio à forte concorrência do TikTok, e a exigência da Apple de que os usuários optem pelo rastreamento de seus dispositivos reduziu a capacidade das plataformas de mídia social de segmentar anúncios.
Com Estadão Conteúdo
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