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Economia

Payroll: criação de vagas nos EUA acelera em fevereiro; desemprego cai a 3,8%

Relatório de emprego do Departamento do Trabalho mostrou criação líquida de 678 mil empregos fora do setor agrícola dos EUA no mês passado.

Payroll: criação de vagas nos EUA acelera em fevereiro; desemprego cai a 3,8%
Placa sinaliza oportunidades de emprego em restaurante de Louisville, nos EUA 07/06/2021 REUTERS/Amira Karaoud

Os empregadores dos Estados Unidos contrataram muito mais trabalhadores do que o esperado em fevereiro, impulsionando o mercado de trabalho para mais perto do pleno emprego, mas os crescentes obstáculos representados pelas tensões geopolíticas podem prejudicar a confiança empresarial e desacelerar a criação de vagas nos próximos meses.

O relatório de emprego do Departamento do Trabalho, divulgado nesta sexta-feira (04), mostrou criação líquida de 678 mil empregos fora do setor agrícola dos EUA no mês passado. Os dados de janeiro foram revisados para cima, mostrando abertura de 481 mil postos de trabalho, em vez dos 467 mil relatados anteriormente.

Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 400 mil vagas. As estimativas variavam de 200 mil a 730 mil postos.

As condições do mercado de trabalho se apertaram ainda mais, com a taxa de desemprego caindo para 3,8%, mínima desde fevereiro de 2020, ante 4,0% em janeiro. Isso aconteceu apesar da entrada de mais pessoas na força de trabalho.

O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, descreveu o mercado de trabalho como “extremamente apertado” nesta semana, e disse a parlamentares que apoia um aumento de 0,25 ponto percentual nos juros na reunião de política monetária de 15 e 16 de março do banco central dos EUA.

Powell também afirmou que estaria “preparado para agir mais agressivamente” se a inflação não arrefecer tão rápido quanto o esperado.

Os preços do petróleo superaram os 100 dólares por barril desde que a Rússia iniciou uma guerra contra a Ucrânia na semana passada, invocando uma enxurrada de sanções contra Moscou por parte dos Estados Unidos e seus aliados.

“Há muitas notícias preocupantes no mundo agora, desde o conflito Rússia-Ucrânia até a inflação altíssima”, disse Sam Bullard, economista sênior do Wells Fargo em Charlotte, Carolina do Norte. “Mas a recuperação do emprego nos EUA continua sendo um ponto positivo em meio à carnificina”.

Na esteira do relatório de emprego de janeiro e leituras de inflação elevadas, os mercados financeiros chegaram a precificar um aumento de 0,5 ponto percentual nos juros pelo Fed. Isso agora está fora de cogitação, em meio a preocupações com as consequências da guerra Rússia-Ucrânia.

Economistas esperam até sete aumentos de juros nos EUA neste ano.

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