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Economia

Com recorde da agropecuária, PIB do Brasil cresce 2,9% em 2023

Setor avançou 15,1% no ano passado; indústria e serviços também mostraram crescimento.

O Produto Interno Bruto (PIB) encerrou 2023 com crescimento de 2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (1º). Com desempenho recorde, a agropecuária cresceu 15,1% de 2022 para 2023, influenciando o desempenho do PIB do país. Houve crescimento também na Indústria (1,6%) e em Serviços (2,4%).

Segundo o IBGE, o resultado recorde da agropecuária superou a queda de 2022 e foi puxado pelo crescimento da produção e do ganho de produtividade da agricultura, especialmente nas culturas de soja e milho, que tiveram produções recorde registradas pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA).

Caminhão carregado de soja em Mato Grosso. Paulo Whitaker/REUTERS

As indústrias extrativas também influenciaram o PIB para cima. A atividade cresceu 8,7% devido ao aumento da extração de petróleo e gás natural e de minério de ferro. Outro destaque foi a categoria de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, com alta de 6,5%.

O IBGE atribui o bom desempenho a condições hídricas favoráveis e a bandeira verde, que vigorou em 2023. O órgão também mencionou o fenômeno climático ‘El Niño’, que aumentou a temperatura média, impactando o consumo de água e energia.

Já o PIB per capita alcançou R$ 50.194 no final de 2023, um avanço, em termos reais, de 2,2% em relação a 2022, segundo o IBGE.

Revisão para baixo

O IBGE revisou para baixo o dado do terceiro trimestre DE 2023 a zero depois de ter informado expansão de 0,1% do Produto Interno Bruto na comparação com os três meses anteriores. Dessa forma, houve estagnação da economia brasileira nos dois últimos trimestres do ano passado.

O IBGE também revisou os números do primeiro e segundo trimestres, para altas respectivamente de 1,3% e 0,8%.

Consumo das famílias

Pela ótica da demanda, a despesa de consumo das famílias foi o principal destaque, que avançou 3,1% em relação a 2022. De acordo com o IBGE, influenciaram a melhora das condições do mercado de trabalho, com aumento da ocupação, da massa salarial real, além do arrefecimento da inflação.

“Os programas de transferência de renda do governo colaboraram de maneira importante no crescimento do consumo das famílias, especialmente em alimentação e produtos essenciais não duráveis.”, escreveu, por nota, Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

Resultado do 4º trimestre

O PIB apresentou estabilidade (0,0%) na comparação do 4º contra o 3º trimestre de 2023. Entre os setores, a Indústria cresceu 1,3%, enquanto os Serviços tiveram variação de 0,3%. Com importantes safras concentradas no primeiro semestre, a Agropecuária recuou 5,3%.

Nas atividades industriais, destaque para a alta nas Indústrias Extrativas (4,7%), na Construção (4,2%) e na atividade Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (2,8%). Já as Indústrias de Transformação apresentaram variação negativa de 0,2%.

Notícia em atualização*

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