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Economia

Serviços crescem pelo 2º mês e ficam acima do nível pré-pandemia

No mês, o setor avançou 1,2% em comparação a abril, em linha com as expectativas.

Confiança de Serviços: mulher em salão de beleza
Confiança de serviços no Brasil cai a mínima em 9 meses em março, diz FGV . REUTERS/Amanda Perobelli

O volume de serviços brasileiro permaneceu em trajetória de crescimento na metade do segundo trimestre e dá sinais de aquecimento com alta recorde para o mês de maio, ficando 0,2% acima do patamar pré-pandemia.

No mês, houve crescimento de 1,2% no volume de serviços em comparação com abril, máxima da série histórica para maio e praticamente em linha com a expectativa em pesquisa da “Reuters” de ganho de 1,3%.

Depois de ganho de 1,3% em abril, o setor acumulou alta de 2,5% nesses dois meses, porém ainda insuficiente para recuperar as perdas de 3,4% vistas em março, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira.

Ainda assim, superou pela segunda vez este ano o nível em que estava em fevereiro de 2020, antes da pandemia – em fevereiro deste ano o setor havia ficado 1,2% acima do período anterior à adoção das primeiras medidas de isolamento.

O setor de serviços segue sendo o mais afetado pelas medidas para conter a propagação do coronavírus.

“O setor vinha mostrando boa recuperação, mas, em março, com um novo agravamento do número de casos de Covid-19, governadores e prefeitos de diversos locais do país voltaram a adotar medidas mais restritivas. Em abril e maio, essas medidas começam a ser relaxadas e o setor volta a crescer”, explicou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

“À medida que se aproxima do patamar pré-pandemia, o setor fica mais perto da normalidade”, completou. “O setor cresce em consequência da vacinação maior, especialmente aqueles que dependem do consumo presencial.”

Comparação anual

Os dados apontaram ainda ganho de 23,0% na comparação anual, contra expectativa de alta de 22,6%.

A pesquisa do IBGE mostrou que entre as cinco atividades pesquisadas, três tiveram crescimento em maio. O volume de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio cresceu 3,7% no mês.

“A expansão nos transportes tem muito a ver com a queda no preço das passagens aéreas, além do aumento da demanda por esse serviço. O transporte aéreo cresceu 60,7% em maio”, disse Lobo.

Serviços às famílias saltam 17,9%

Os serviços prestados às famílias aumentaram 17,9% no mês mas estão 29,1% abaixo do período pré-pandemia; enquanto serviços profissionais, administrativos e complementares cresceram 1,0%, estando 2,7% abaixo do nível de fevereiro de 2020.

As taxas negativas em maio foram registradas em serviços de informação e comunicação (-1,0%) e outros serviços (-0,2%).

O índice de atividades turísticas, por sua vez, registrou expansão de 18,2% em maio sobre abril, segunda taxa positiva consecutiva e acumulando no período ganho de 23,3%.

“Esse avanço recente recupera boa parte da queda de 26,5% observada em março, que foi um mês com maior número de limitações ao funcionamento de determinados estabelecimentos. Contudo, o segmento de turismo ainda necessita crescer 53,1% para retornar ao patamar de fevereiro do ano passado”, disse Lobo.

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