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Economia

Surto diminui na China e Xangai busca impulsionar a economia

Cidade chinesa suspenderá as medidas de bloqueio para residentes em áreas de baixo risco.

A healthcare worker in personal protective equipment (PPE) takes a swab sample at a Covid-19 testing center in Shanghai, China. Source: Bloomberg

A China relatou o menor número de novos casos de covid-19 em quase três meses, e o alívio dos surtos em Pequim e Xangai encorajou as autoridades a relaxar alguns dos controles mais rígidos da pandemia e a agir para estimular a economia vacilante do país.

Xangai suspenderá as medidas de bloqueio para residentes em áreas de baixo risco, permitindo que saiam e entrem livremente em seus complexos a partir de quarta-feira (1), de acordo com um comunicado do governo municipal na segunda-feira (30). 

A cidade retomará os serviços de táxi e carona e permitirá carros nas ruas em áreas de baixo risco. Os casos no centro financeiro caíram para 67 no domingo, ante 122 no sábado, com os serviços de ônibus e metrô reabrindo de maneira ordenada a partir de 1º de junho.

Em Pequim, as infecções caíram para 12 no domingo, ante 21 no sábado. Os freios à circulação em vários distritos começaram a ser afrouxados depois que as autoridades disseram que o surto estava sob controle. O declínio aliviou a preocupação de que Pequim poderia estar a caminho de um confinamento quando relatava várias dezenas de casos por dia, apesar das restrições cada vez mais rígidas.

Houve 122 casos relatados em todo o país no domingo, o menor número desde 3 de março. A China não registra um dia sem infecções desde outubro, apesar de sua abordagem de tolerância zero ao vírus.

Setores relacionados ao consumo lideraram os ganhos nas ações chinesas, em uma aposta na retomada gradual da vida normal. Mesmo assim, o índice CSI 300 subiu apenas 0,7%, atrás de um salto de 1,7% no índice MSCI Ásia-Pacífico mais amplo.

Embora as restrições abrangentes tenham controlado a propagação da covid-19 nas duas cidades mais importantes da China, o vírus evoluiu para se tornar muito mais contagioso, disse Ben Cowling, presidente de epidemiologia da Escola de Saúde Pública da Universidade de Hong Kong. Isso significa que é provável que se agrave de novo, tornando-o mais difícil de controlar do que no ano passado, quando uma cepa menos transmissível estava se espalhando, disse.

“Pequim e outras cidades da China precisariam estar preparadas para implementar medidas de controle de surtos com mais frequência no próximo ano do que em 2021 devido à maior transmissibilidade do vírus ao longo do tempo”, disse Cowling.

No fim de semana, Xangai disse que acelerará as aprovações de projetos imobiliários e aumentará a cota de propriedade de carros em 40.000 este ano. Um imposto de compra para alguns veículos de passageiros será reduzido e subsídios serão concedidos aos compradores de carros elétricos. 

Os requisitos de teste de covid-19 serão afrouxados para as pessoas que entrarem em locais públicos a partir de 1º de junho, enquanto a cidade tenta restaurar a sensação de normalidade após um lockdown de dois meses de sua população de 25 milhões.

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