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Finanças

Segunda etapa da 4ª fase do Open Finance começa nesta terça-feira; o que muda?

Nova etapa amplia o compartilhamento de dados financeiros que se limitavam aos bancos para instituições como seguradoras e corretoras de investimentos, câmbio e previdência.

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Começa nesta terça-feira (31) a segunda etapa da 4ª fase do Open Finance, sistema financeiro aberto que amplia a abrangência dos dados financeiros dos clientes que podem ser compartilhados entre as instituições financeiras. A nova fase é um passo além do chamado Open Banking, que trata do compartilhamento de informações tradicionais dos bancos, como extratos e taxas de juros pagas pelos usuários, por exemplo.

Na prática, segundo informações do Banco Central, a partir de agora os clientes – sempre que quiserem e autorizarem – poderão compartilhar suas informações de operações de câmbio, investimentos, seguros, previdência complementar aberta e contas-salário, bem como acessar informações sobre as características dos produtos e serviços com essa natureza disponíveis para contratação no mercado.

Ricardo Taveira, CEO e fundador da Quanto, empresa de tecnologia para Open Finance, explica que a nova etapa pode ajudar o consumidor a ter em mãos produtos mais adequados ao seu perfil. “A longo prazo, isso se reflete por exemplo em um investimento com uma taxa mais justa ou um seguro que condiz mais com a necessidade do consumidor”, acrescenta o especialista.

O que é a Fase 4?

A primeira etapa da Fase 4, que ocorreu em dezembro de 2021, marcou o início do Open Finance, ou seja, ampliou o escopo de dados financeiros do Open Banking para instituições de outros setores.

Na ocasião, outras empresas, como corretoras e seguradoras – e não só os bancos – tiveram que padronizar suas informações, como listar os investimentos e seguros oferecidos e taxas cobradas em cada modalidade. Na etapa que se inicia nesta terça-feira, essas empresas precisam agora compartilhar os dados de transações de cada cliente.

“Antes era esperado apenas o compartilhamento padronizado de dados como lista de canais de atendimento, produtos, serviços e respectivas taxas e tarifas. Agora é o primeiro passo para construir as bases do que será o compartilhamento de dados como cadastro, transações e operações pelo usuário com as instituições (de seguro, investimento, câmbio, etc.) que optar”, explicou Ricardo Taveira.

Por outro lado, Taveira lembra que, por enquanto, a possibilidade do cliente consentir o compartilhamento dessas informações pode ainda não estar disponível aos usuários, já que as empresas estão em processo de estruturação das informações. No momento, os usuários conseguem compartilhar outras informações financeiras, como extrato, créditos acessados e taxas de juros pagas, ou seja, dados atrelados ao Open Banking, que se trata de uma etapa anterior ao Open Finance.

“A nova etapa demanda um tempo de implementação e adaptação do mercado para transformá-la em mudanças que impactem no dia a dia dos clientes. Mas é mais um passo rumo à ampliação do Open Finance brasileiro, o que coloca o país na vanguarda global do uso de dados para promover concorrência e inovação no sistema financeiro”, explica.

O especialista ressaltou que o Banco Central segue com foco em finalizar as etapas anteriores que ampliam o compartilhamento de dados financeiros tradicionais, antes de avançar com dados de investimento, por exemplo.

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