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Finanças

Ação da Netflix cai mais de 37% em NY após perder assinantes; BDR acompanha

Maior serviço de streaming do mundo perdeu 200 mil clientes no primeiro trimestre do ano.

Netflix
Logotipo da Netflix em frente à matriz da companhia em Los Angeles. 16/7/2018. REUTERS/Lucy Nicholson

As ações da empresa de streaming Netflix (NFLX) despencavam mais de 37% na Nasdaq na manhã desta quarta-feira (20), após a abertura do mercado. Na véspera, a companhia reportou sua primeira queda no número de assinantes em uma década.

Por volta de 11h (horário de Brasília) desta quinta, o papel da companhia era negociado na Nasdaq a US$ 217,32, uma desvalorização de 37,66% durante o pregão.

Os BDRs da Netflix listados na B3 (NFLX34) recuavam mais de 26% perto do mesmo horário, cotados a R$ 20,10.

Perda inesperada de assinantes

A Netflix perdeu 200 mil assinantes no primeiro trimestre de 2022, abaixo de suas projeções mais modestas, que indicavam adição de 2,5 milhões de usuários. A decisão da empresa de suspender serviço na Rússia resultou na perda de 700 mil assinantes.

A Netflix, que atualmente tem 221,6 milhões de assinantes, publicou uma queda de clientes pela última vez em outubro de 2011.

Já para o segundo trimestre, a Netflix divulgou um cenário fraco, projetando a perda de 2 milhões de assinantes, apesar de novas temporadas de franquias de sucesso como “Stranger Things” e “Ozark” e da estreia do filme “The Grey Man”, que tem no elenco os astros Chris Evans e Ryan Gosling.

Analistas, em média, esperavam que a empresa divulgasse uma estimativa de 227 milhões de assinantes para o segundo trimestre, conforme dados da Refinitiv.

A receita da Netflix no primeiro trimestre cresceu 10%, para US$ 7,87 bilhões, ficando ligeiramente abaixo da expectativa média do mercado de US$ 7,93 bilhões.

O que fazer com as ações de Netflix?

Apesar dos números terem vindo abaixo das projeções mais conservadoras do mercado, Cesar Crivelli, sócio e analista da Nord Research, não recomenda que os investidores vendam seus papéis de Netflix.

O especialista destaca que a guerra na Ucrânia (com a remoção da base de usuários da Rússia) e o cenário macroeconômico global mais desafiaor, com a inflação em alta, são fatores que ajudam a explicar o desempenho fraco no trimestre.

Para Crivelli, um ponto importante da tese de investimento em Netflix é acompanhar o crescimento da empresa na região da Ásia e Pacífico, próxima vertente de crescimento da companhia. O especialista destaca que, no primeiro trimestre de 2022, houve um acréscimo de 1 milhão de novos usuários na região.

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