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Finanças

As ações mais recomendadas para março, segundo 14 corretoras

Papéis de Itaú, Vale e Gerdau estão entre os mais recomendados para o mês.

Celular com gráfico ilustrando movimento de ações no ibovespa

As ações da mineradora Vale (VALE3) e do banco Itaú Unibanco (ITUB4) voltaram a liderar, nesta ordem, a lista de recomendações de analistas para março de 2022, segundo um levantamento feito pelo InvestNews com 14 bancos e corretoras.

Desta vez, a campeã Vale conta com 12 indicações, contra 11 registradas em fevereiro, após a Modalmais incluir a companhia em sua carteira. Os bancos e corretoras que recomendam a compra do papel da empresa pontuam que a mineradora é uma das principais beneficiadas pelo aumento do preço do minério internacional e da alta do dólar em relação ao real. A ação da Vale avançou 14,10% em fevereiro.

Na sequência da lista aparece o Itaú, que manteve em março as sete recomendações de fevereiro, após as casas de investimentos apontaram os bons resultados reportados pelo banco no quarto trimestre de 2021.

Já o número de indicações para Gerdau (GGBR4) caiu de seis para cinco após a Nova Futura retirar a ação de sua carteira recomendada em março.

Em relatório, o Banco Inter apontou que, no segmento de commodities, seguiu com Gerdau e Vale, “após os resultados satisfatórios no quarto trimestre de 2021 e as perspectivas ainda positivas para 2022, em especial com o movimento de alta das commodities visto recentemente”.

No setor de alimentos, a JBS (JBSS3), que no mês de fevereiro recebeu quatro indicações, aparece em cinco listas recomendadas em março, após a inclusão da companhia na carteira sugerida pelo Banco Inter.

A Suzano (SUZB3) também é citada em cinco carteiras, contra três em fevereiro, depois que a Genial e a Ativa Investimentos incluíram as ações da empresa em suas listas.

Com quatro apontamentos ficaram: Bradesco (BBDC3 e BBDC4), Petrobras (PETR4) e PetroRio (PRIO3), que foram mencionados 3, 5 e 2 vezes, respectivamente, no levantamento anterior.

O ranking do InvestNews leva em conta a somatória dos papéis mais citados pelos especialistas e acompanha mensalmente as recomendações dos seguintes bancos e corretoras:

  • Ágora
  • Ativa
  • BB Investimentos
  • BTG Pactual
  • Genial
  • Guide
  • Inter Research
  • Mirae Corretora
  • ModalMais
  • Nova Futura
  • NuInvest
  • Órama
  • Toro
  • Terra

Veja abaixo as 5 ações mais recomendadas para fevereiro, segundo 14 carteiras de ações:

Vale

A Guide Investimentos enfatizou que a ação da Vale é impulsionada pelo aumento do preço do minério internacional e da alta do dólar, visto que é uma das principais exportadoras do país e está entre as empresas mineradoras mais relevantes do mundo.

“Além disso, seus produtos possuem um desconto em relação ao minério internacional e na hipótese de paridade entre esses valores, a empresa conseguiria capitalizar ganhos relativamente maiores que seus concorrentes estrangeiros”, disse a corretora.

A Ativa Investimentos cita oferta de minério ainda apertada. As razões são: as tímidas metas de produção das grandes produtoras globais; restrições logísticas oriundas da maior pluviometria no hemisfério sul e da covid, como o fato de os portos chineses ainda operarem em circuito fechado, somado a uma melhora nos embarques endereçados a atender à crescente demanda das siderúrgicas chinesas.

Além disso, apontou a corretora, os preços realizados de minério de ferro neste início de ano têm se mostrado mais altos do que o previsto, impulsionando os papéis de Vale, “que diante do aumento do prêmio de risco global também vem se mostrando um dos principais destinos dos acionistas que procuram o Brasil em busca de um case de valor”.

Itaú

Em relatório, o banco Inter apontou que manteve o Itaú na carteira reforçado pelo forte resultado reportado no quarto trimestre de 2021. “O banco apresentou ótimo desempenho na margem financeira, com maiores volumes e mix de produtos que também trouxeram o início de uma elevação nos spreads. Além disso, seus números com serviços e seguros trouxeram boa performance e recuperação frente ao período pandêmico”, avaliou o banco.

O BTG Pactual disse ainda que os valuations (avaliação da empresa) são atraentes, com um momento favorável à frente depois que a receita começou a melhorar no segundo trimestre de 2021. “Vemos uma tendência de NII (margem financeira bruta) positiva pela frente para o Itaú, já que a carteira de crédito deve crescer perto de 10% em 2022, enquanto a NII de clientes deve superar esse crescimento, considerando o aumento da taxa Selic e ganhos graduais advindos das linhas emergenciais”.

Gerdau

Em relatório, a Guide destacou que os números reportados pela Gerdau no quarto trimestre de 2021 vieram um pouco abaixo do esperado, com queda do Ebitda de 15% no comparativo trimestral, apesar do recorde anual com alta de 202% em 2021.

O grande destaque, apontou a casa, foi a divisão norte-americana, impulsionada pela divisão de aços longos, garantindo uma margem Ebitda de 27,4%, alta de 2,4 pontos percentuais.

“O capex (investimento) para 2022 fixado em R$ 4,5 bilhões, por conta de alguns atrasos em projetos de 2021 foi outro destaque. Para os próximos meses, esperamos uma melhora do Ebitda, principalmente em Brasil, com crescimento de margem, impulsionada pela forte demanda doméstica, que de acordo com o Management, não deve desacelerar”, enfatizou.

JBS

A JBS passou a fazer parte da carteira do Inter, que apontou que, com a pressão que deve ser vista ainda no dólar, optou por sair do segmento de papel e celulose e voltar com JBS ao portfólio, “aproveitando a baixa dos últimos dias”.

O banco Inter afirmou ainda que, com operações globais em mais de 22 países, a JBS é a segunda maior empresa de alimentos e a primeira em processamento de proteínas do mundo. O seu portfólio abrange carnes in natura, processados e alimentos preparados, atuando com as suas principais marcas: Friboi, Just Bare, Moy Park, Primo, Pilgrim’s Pride, Seara, Swift dentre outras.

Para o quarto trimestre de 2021, o banco afirmou que espera resultados positivos, “tendo em vista a rentabilidade dos segmentos EUA, em um cenário de preços em patamares recordes e demanda favorável”.

“De modo geral, para operações internacionais, vemos que a maior aceitação do mercado diante de repasses de preços ajudará a JBS no 4T21, assim como no 1S22. No entanto, a incremento de obstáculos na cadeia de suprimentos tende a impactar as margens a partir do 2T22, o que traz vantagens para empresas mais diversificadas”.

“Por mais que o cenário global seja desafiador, acreditamos que o amplo portfólio de produtos da JBS, assim como forte diversificação territorial, irão ampliar a sua capacidade de contornar as dificuldades do cenário mundial, o que contribui para os resultados da companhia. Além disso, a JBS ingressou 2022 com uma estrutura de capital equilibrada e uma estratégia de ‘flight to quality’ que beneficia a sua rentabilidade.”

Suzano

Ao incluir a Suzano na carteira recomendada de março, a Genial afirmou que segue com uma alocação com sobrepeso em empresas ligadas à commodities, “mas agora com maior diversificação entre empresas de exploração de petróleo, mineração, frigoríficos e do agronegócio”.

A Ativa Investimentos reiterou que, diante do aumento do prêmio de risco global, optou pela inclusão da Suzano por ser um player de menor beta, “cuja moeda funcional é o dólar e que se encontra conectado a uma cadeia mais resiliente”.

Além disso, mencionou que, embora sofra os desdobramentos do aumento do conflito europeu em seus custos, a empresa segue contando com uma demanda resiliente na Europa, na América do Norte e na China, onde a Ativa já vislumbra um aumento dos embarques e sucesso na implantação de repasses de preços para a região.

* Colaboraram Karina Trevizan, Erica Martin, Taís Laporta e Fabiana Ortega

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