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Finanças

Aportes mensais: como impactam investimentos a longo prazo?

Os aportes mensais impactam de forma relevante investimentos de longo prazo.

A imagem mostra a mão de uma pessoa branca adicionando uma moeda em cima de uma pilha de moedas. (Foto: Shutterstock / Singkham)
A imagem mostra a mão de uma pessoa branca adicionando uma moeda em cima de uma pilha de moedas. (Foto: Shutterstock / Singkham)

Aportes mensais são considerados uma ótima forma de acumular capital no longo prazo, mesmo com pouco dinheiro. A ideia é que, com essa estratégia, o investidor consiga reduzir riscos e fazer os juros compostos agirem a seu favor.

Veja abaixo perguntas e respostas para entender melhor a estratégia:

O que é aporte mensal?

Aporte mensal é o valor que o investidor aplica em sua carteira de investimentos todos os meses. Trata-se de uma estratégia para manter a regularidade nas aplicações e acumular mais patrimônio no longo prazo. 

Podemos dizer que é como se fosse uma “conta”. A pessoa retira uma parcela da sua renda mensalmente para pagá-la — contudo, nesse caso, a dívida é consigo mesmo. 

O valor do aporte mensal varia conforme a renda. A característica fundamental mesmo é a constância nas aplicações. 

Por que fazer aportes mensais?

Segundo especialistas, fazer aportes mensais nos investimentos é considerada a maneira mais acessível e prática para construir patrimônio no longo prazo. Além de acumular a quantia reservada mensalmente, o investidor ainda ganha com a ação dos juros compostos. 

Para entender a real importância dessa estratégia, é importante compreender como funcionam os juros compostos. 

Basicamente, os juros compostos são juros sobre juros. Se alguém investe R$ 300 a uma taxa de 10% ao ano, terá R$ 330,00 em 12 meses (ou seja, ganhos de R$ 30). Em dois anos, a taxa incidirá não mais sobre R$ 300 e sim sobre os R$ 330, o que totaliza ganhos de R$ 63. 

Agora, vamos avaliar quanto a mesma teria se continuasse investindo R$ 300 mensalmente durante os seguintes períodos: 


Valor investidoTotal em jurosValor total final
5 anosR$ 18.300,00R$ 5.151,52R$ 23.451,52
10 anosR$ 36.300,00 R$ 24.437,28R$ 60.737,28
20 anos R$ 72.300,00R$ 145.195,96R$ 217.496,02

Há uma grande diferença entre o total de juros com 5 e 20 anos. Por isso, manter a constância nos aportes mensais é considerado tão importante para quem quer acumular capital. Nesse exemplo, R$ 300 mensais podem virar R$ 217.496,02 em 20 anos, sem considerar possíveis taxas e impostos.

Além da rentabilidade, algumas vantagens dessa estratégia são:

  • Desenvolver o hábito de guardar uma parcela do dinheiro;
  • Ser mais imune à volatilidade do mercado;
  • Manter o controle da carteira de investimentos.

Em quais investimentos posso fazer aportes mensais?

As principais características de investimentos para fazer aportes mensais são:

  1. Disponibilidade de aplicar o dinheiro com frequência: precisa ser uma aplicação que seja possível aportar todo mês; 
  2. Previsibilidade: deve ser um investimento com previsão de retorno — embora não seja possível prever a rentabilidade da renda variável, o investidor tem uma expectativa de valorização do ativo com o tempo. 

Desse modo, há diversas opções de investimentos:

  • Títulos públicos;
  • Ações;
  • BDRs;
  • Fundos Imobiliários;
  • CDBs;
  • LCIs e LCAs;
  • ETFs.

A escolha dos investimentos depende diretamente do perfil de investidor e objetivo, sempre tendo em mente que, assim como a rentabilidade, há níveis de risco diferentes para cada investimento.

Como fazer aportes mensais em cada tipo de investimento?

Cada investimento tem uma forma de fazer aportes mensais. No caso do Tesouro Direto, o investidor compra mais títulos. Dos fundos imobiliários, mais cotas. Das ações, frações ou lotes e assim por diante. 

Em algumas corretoras, é possível, inclusive, programar os investimentos. Por exemplo, alguém quer investir R$ 300 mensalmente em Tesouro Selic, então programa o aporte da conta bancária para a corretora e, quando o dinheiro cair na conta, a plataforma compra automaticamente. 

Veja algumas dicas que especialistas costumam repeti sobre como fazer aportes mensais:

Ter objetivos específicos

Por que o investidor quer acumular capital? Para conquistar a liberdade financeira, comprar uma casa à vista no futuro ou fazer uma viagem internacional? Saber exatamente seu objetivo ajuda a planejar melhor seus aportes.

No anterior, com R$ 300 por mês e uma taxa de 10% ao ano, a pessoa conseguiria comprar um imóvel de cerca de R$ 217 mil à vista em 20 anos (considerando as condições atuais do mercado). No entanto, talvez, não fosse o suficiente para conquistar a liberdade financeira.

Encontrar os melhores tipos de aplicações

Para descobrir onde aportar o dinheiro, é essencial saber o perfil de investidor. O perfil mais conservador pode preferir títulos de renda fixa, enquanto o moderado acrescentaria alguns fundos imobiliários na carteira e o arrojado teria um volume maior de ações e BDRs. Portanto, tudo dependerá da preferência.

Fazer rebalanceamento da carteira

Conforme for apostando mensalmente, é interessante o investidor balancear as aplicações e evitar “colocar todos os ovos na mesma cesta”. Assim, ele consegue tornar a carteira mais diversificada, evitar riscos e comprar ativos com rentabilidades maiores. 

Pagar a sua conta primeiro

Por fim, o essencial: a disciplina. É necessário manter os aportes. 

Na prática, isso não é tão simples e, por isso, a estratégia de pagar a conta primeiro é separar o dinheiro do investimento antes de tudo. Alguns investidores separam 50% da sua renda, outros 30% ou 10%. O importante mesmo é manter a constância.

Calculando juros compostos com aportes mensais

Analisando a fórmula de juros compostos com aportes mensais, temos a equação a seguir:

M = C.(1+i)t

Há três componentes que influenciam diretamente no valor dos juros compostos:

  • C: capital investido
  • i: taxa de juros
  • t: tempo

Cada uma interfere na rentabilidade.

Capital

Quanto maior o valor do seu aporte mensal, maior é o valor dos juros compostos. Veja abaixo, considerando o montante com R$ 300, R$ 500 e R$ 1 mil com uma taxa média de 10% ao ano durante 20 anos:


Valor investidoTotal em jurosValor total final
R$ 300 R$ 72.300,00R$ 145.196,02R$ 217.496,02
R$ 500R$ 120.500,00R$ 241.993,36R$ 362.493,36
R$ 1 milR$ 241.000,00R$ 483.986,73R$ 724.986,73

Juros

Quanto maior a taxa, maior é o seu retorno com os aportes mensais no final. Confira a seguir, considerando taxas médias de 10% e 12% ao ano, com aportes de R$ 500 durante 20 anos: 


Valor investidoTotal em jurosValor total final
10%R$ 120.500,00R$ 241.993,36R$ 362.493,36
12%R$ 120.500,00R$ 339.928,68R$ 460.428,68

Tempo

Veja a diferença com R$ 500 a uma rentabilidade média de 12% ano:


Valor investidoTotal em jurosValor total final
5 anosR$ 30.500,00R$ 10.551,81R$ 41.051,81
10 anosR$ 60.500,00R$ 52.017,94R$ 112.517,94
20 anosR$ 120.500,00R$ 339.928,68R$ 460.428,68
A imagem mostra a mão de uma pessoa branca adicionando uma moeda em cima de uma pilha de moedas. (Foto: Shutterstock / Singkham)
A imagem mostra a mão de uma pessoa branca adicionando uma moeda em cima de uma pilha de moedas. (Foto: Shutterstock / Singkham)

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