A área de sustentabilidade da B3 pretende ampliar nos próximos dois anos o portfólio de índices ESG, ou seja, de carteiras teóricas com ativos de companhias e instituições que seguem critérios ambientais, sociais e de governança corporativa.
“Um de nossos papéis como bolsa é atuar como indutora de melhores práticas de sustentabilidade no mercado brasileiro. Nosso compromisso é o de aperfeiçoar iniciativas que contribuem para essa indução, além de viabilizar e ampliar o portfólio de produtos que estimulem o crescimento do mercado e a conexão dos nossos clientes com a agenda ESG”, afirmou Gleice Donini, superintendente de Sustentabilidade da B3, em nota.
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A B3 negocia atualmente quatro ETFs (exchange-traded fund, ou fundos de índices) que seguem índices ligados a critérios ambientais, sociais e de governança:
- ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial)
- ICO2 (Índice Carbono Eficiente)
- IGTC (Índice de Governança Corporativa Trade)
- Índice S&P/B3 Brasil ESG.
Por dentro do ESG
Desde que a pandemia começou, os investimentos ligados ao ESG estão em alta no mercado, presente em debates de gestores e, recentemente, integrando as carteiras de fundos ou instituições financeiras. A prática surgiu na Europa, que há muitos anos considera questões socioambientais como relevantes na vida das pessoas.
Como o Brasil é pautado pelo mercado financeiro americano, a prática demorou a chegar aqui, como explicou ao InvestNews Fabio Alpertowitch, fundador da Fama Investimentos e um dos gestores mais ativos no debate de ESG no Brasil. Nos Estados Unidos, por exemplo, o ESG ganhou força em 2016 e 2017.