O mercado de criptomoedas volta a subir nesta quarta-feira (10), com o bitcoin (BTC) em leve alta, se mantendo os US$ 109 mil, após a inflação ao consumidor dos Estados Unidos ficar abaixo do esperado. O ethereum (ETH), por sua vez, segue com altas mais expressivas e chega aos US$ 2.800 nesta manhã, nível não visto desde fevereiro.
O CPI (Índice de Preços ao Consumidor) registrou alta de 0,1% em maio, abaixo da previsão do mercado, de 0,2%, com o acumulado de 12 meses atingindo 2,4%. Com isso, a inflação segue sem registrar impactos das tarifas do presidente Donald Trump, o que mantém as incertezas no mercado e reforça o discurso do Federal Reserve de esperar antes de definir sobre eventuais novos cortes de juros nos EUA.
Enquanto isso, os investidores seguem atentos aos desdobramentos da guerra comercial. Na noite de ontem o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que o país chegou a um acordo com a China sobre as terras raras, um conjunto de 17 elementos químicos essenciais na fabricação de produtos eletrônicos. Trump confirmou a informação hoje, mas disse que o acordo pende de aprovação dele e do primeiro-ministro chinês, Xi Jinping, sem dar maiores detalhes, o que mantém investidores cautelosos.
Às 9h45, esse era o desempenho das principais criptomoedas do mercado:
Bitcoin (BTC): +0,18%, US$ 109.815
Ethereum (ETH): +1,61%, US$ 2.812
XRP (XRP): +0,95%, US$ 2,33
BNB (BNB): +0,56%, US$ 669,74
Solana (SOL): +4,08%, US$ 166,96
Dogecoin (DOGE): +3,03%, US$ 0,2020
Outros destaques do dia
Hyperliquid (HYPE): +2,78%, US$ 42,21
Toncoin (TON): -3,14%, US$ 3,26
Principais notícias do mercado cripto
Presidente do Banco Central diz que drex não é uma moeda digital: Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, afirmou que o drex não será exatamente uma CBDC (Moeda Digital de Banco Central, na sigla em inglês) e que o objetivo do projeto não é desintermediar a emissão de moeda por meio de crédito. Segundo ele, a intenção é ser uma rede de tokenização, dando eficiência ao crédito e acesso a produtos financeiros por meio de uma DLT (rede de registro distribuído), como as blockchains.
Matera e Circle fazem parceria para uso de stablecoin em bancos: A empresa de tecnologia para produtos financeiros Matera firmou uma parceria com a emissora de stablecoins Circle que irá permitir o uso da criptomoeda pareada ao dólar USDC por bancos brasileiros, segundo informações do Valor Econômico. Com isso, será possível a transferência entre reais e USDC diretamente na plataforma do banco e a utilização do saldo na stablecoin para pagamentos internacionais, cobertura de cartão e investimentos no exterior.
Projeto de Lei para reserva de bitcoins do Brasil recebe parecer favorável: O deputado Luiz Gastão (PSD-CE), relator do projeto para criação de uma reserva nacional de bitcoin na Comissão de Desenvolvimento Econômico (CDE), emitiu um parecer recomendando a aprovação do texto. Agora, o PL parte para votação na Comissão e, se aprovado, deverá ser votado ainda pela Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação, Comissão de Finanças e Tributação, e pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ir a plenário.