O Bitcoin (BTC) opera em torno de US$ 91.000,00 nesta terça-feira (19). O ativo reduziu a volatilidade nos últimos dias, depois da euforia que tomou conta do mercado de criptomoedas com a eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos em 5 de novembro. Agora, investidores ficam atentos aos próximos sinais que podem destravar os preços das moedas digitais.
Depois de chegar a US$ 93.434,00 – sua atual máxima histórica – no dia 13 de novembro, o Bitcoin chegou a cair até os US$ 87.000,00 antes de ganhar certa estabilidade. Desde a última sexta-feira, a maior criptomoeda do mundo tem oscilado entre US$ 89.000,00 e US$ 92.000,00.
Por volta das 9h (horário de Brasília), o Bitcoin registrava alta de 1,7% no acumulado de 24 horas, cotado a US$ 91.735,00.
Apesar de muitos defensores apontarem o Bitcoin como um ativo descorrelacionado com a economia tradicional, ou seja, com uma dinâmica descolada dos fatores que impactam os ativos financeiros, o que se tem visto é o exato oposto. E, neste momento, investidores estão atentos aos próximos passos do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA.
Após dois cortes de juros, em setembro e novembro, diretores do BC americano começaram a sinalizar que não têm pressa para continuar a redução das taxas no país. Juros mais baixos reduzem o retorno de títulos do Tesouro, tornando assim ativos de maior risco, como criptomoedas, mais atrativos para os investidores, por isso taxas mais baixas costumam ser positivas para o setor cripto.
Segundo Ana de Mattos, analista da Ripio, após atingir sua máxima, o Bitcoin iniciou um movimento de lateralização de topo e vê um risco de que a criptomoeda passe por uma correção e recue para níveis abaixo de US$ 86.720,00 que caso se concretize pode levar a moeda digital para menos de US$ 82.000,00.
Por outro lado, se entrar um fluxo comprador que sustente os preços acima da atual máxima histórica, o preço do Bitcoin poderá atingir patamares ainda maiores, buscando as faixas de US$ 100.000,00 a US$ 105.000,00.
Nesta terça também tem início, na Nasdaq, das negociações de opções do fundo negociado em bolsa (ETF) de Bitcoin da BlackRock. Esse novo produto permite que investidores façam operações com derivativos para apostar a favor ou contra a criptomoeda. Segundo Eric Balchunas, analista de ETF da Bloomberg Intelligence, isso tende a trazer mais volume para o mercado, o que pode dar um novo empurrão nos preços.
Veja também
- Bitcoin se recupera da maior ressaca de tokens desde as eleições nos EUA
- MicroStrategy acumula US$ 26 bilhões em bitcoin no caixa – mais que o valor de mercado do Banco do Brasil
- Bitcoin ultrapassa os US$ 93 mil com a agenda de Trump e a perspectiva da política do Fed
- Bitcoin renova fôlego e ultrapassa US$ 90 mil; Dogecoin engata alta com indicação de Musk
- Bitcoin bate recorde após eleição de Trump renovar entusiasmo com criptomoedas