O Bank of America (BofA) rebaixou de neutra para venda a recomendação dos papéis das companhias aéreas Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4). Além disso, o banco reduziu de R$ 24 para R$ 21 o preço-alvo das ações da Gol negociadas na B3, e de US$ 9,1 para US$ 8,1 o dos recibos da companhia negociados na bolsa de Nova York. Por outro lado, elevou o preço-alvo dos papéis da Azul de R$ 27 para R$ 36 na bolsa brasileira e dos recibos de US$ 15 para US$ 20,8.
Para os analistas Murilo Freiberger e Gustavo Tasso, as equipes de gestão de ambas as companhias fizeram um trabalho “impressionante” em termos de renegociação de passivos e sustentação de liquidez durante a crise.
No entanto, a dupla enxerga a existência uma “conta covid” relevante que ainda precisará ser paga “com o passivo de cada uma das empresas aumentando em R$ 5 bilhões em comparação aos níveis pré-pandêmicos, além da deterioração da dinâmica do capital de giro mais recente”.
Para 2022, a equipe do BofA projeta que a demanda por voos da Azul (RPK, na sigla em inglês) seja 28% superior em relação a 2019, mas com queda de 300 pontos-base na margem. Já a demanda da Gol deve ter leve alta de 5% na mesma análise de comparação, mas também com contração de 200 pontos-base.
Os analistas afirmaram que as preocupações permanecem, uma vez que “a recuperação do segmento corporativo permanece um ponto de interrogação; a volatilidade do câmbio continua e os preços do petróleo ainda pressionam os custos”.
Por volta das 16h30 do pregão desta segunda-feira, as ações da Azul operavam em alta de 2,46%, negociadas a R$ 35,81, assim como a Gol, que avançava 2,63%, para R$ 19,54. No ano, porém, as companhias acumulam perdas de 8,91% e 21,73%, respectivamente.
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