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Finanças

Bolsa fecha estável ignorando alta de NY; na semana, recua 1,3%

O giro financeiro foi fraco e totalizou R$ 18,9 bilhões; em setembro o Ibovespa acumula perdas de 2,38%

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O Ibovespa não teve fôlego para acompanhar Wall Street nesta sexta-feira (25) e encerrou o pregão estável. O índice da B3 fechou aos 96.999 pontos, com leve desvalorização de 0,01%. Contudo, na semana acumula perdas de 1,3%.

O giro financeiro foi fraco e totalizou R$ 18,9 bilhões. Perto do mês de setembro acabar o Ibovespa ainda acumula perdas de 2,38% no período.

Os investidores ainda monitoram a segunda onda de covid-19 na Europa, com risco de lockdown em algumas regiões. Embora foi divulgado hoje que a vacina de dose única da Johnson & Johnson teve uma resposta imune ainda há aversão ao risco nos mercados.

Na contramão, as bolsas americanas tiveram alta: Dow Jones subiu 1,34% e o S&P 500 avançou 1,60%. Já o índice Nasdaq valorizou 2,26%.

Os investidores ficaram na expectativa da aprovação de um novo pacote de estímulos à economia americana, de US$ 2,4 trilhões. A ajuda inclui apoio as companhias aéreas, restaurantes e pequenas empresas. Mas, a decisão ainda aguarda consenso de republicanos e democratas.

Como ativo de segurança, o dólar teve valorização ante às divisas emergentes. O dólar comercial fechou em alta de 0,80%, cotado a R$ 5,554. Na máxima do dia a moeda americana chegou a R$ 5,539.

O dólar se favoreceu em um cenário de incertezas sobre a economia global, o que estimulou a demanda pela moeda. O aumento de casos do coronavírus também contribuiu. O índice DXY, que mede a variação da moeda dos Estados Unidos frente a uma cesta de seis principais, fechou em alta de 0,30%, a 94,595 pontos, subindo 1,84% na semana.

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As commodities como Petrobras desvalorizaram seguindo o tombo do petróleo. Os papéis preferenciais (PETR4) da companhia fecharam em queda de 1,32%, enquanto as ações ordinárias (PETR3) recuaram 1,05%.

Os contratos futuros de petróleo também fecharam em baixa seguindo o sentimento de risco a nível global. O fortalecimento do dólar pesou sobre as cotações da commodity.

O petróleo WTI para novembro encerrou em baixa de 0,14%, em US$ 40,25 o barril. Enquanto o petróleo Brent para o mesmo mês recuou 0,05%, a US$ 41,92 o barril.

A Vale (VALE3) fechou em alta de 1,01%. A companhia vai pagar R$ 493,944 milhões por debêntures participativas no dia 30 de setembro. O valor bruto para cada título de dívida é de R$1,271221414. O prazo para a liquidação final é 1 de outubro de 2020.

Destaques da bolsa

A maior alta do dia foi da Suzano (SUZB3) que avançou 4,65%. A companhia subiu após o Credit Suisse reforçar recomendação de compra. O preço-alvo da ação foi elevado de R$ 54,5 para R$ 65 o papel.

Seguida de Via Varejo (VVAR3) com alta de 3,99%. Subiu também a Localiza (RENT3) que valorizou 1,74%. A companhia teve forte desempenho na semana repercutindo a fusão com a Unidas.

No lado oposto do índice os destaques negativos foram no setor de shoppings. Multiplan (MULT3) e Iguatemi (IGTA3) recuaram 2,99% e 2,28%. Ambos repercutiram o temor dos investidores com uma segunda onda da covid-19 na Europa.

Caiu também a PetroRio (PRIO3) que fechou em queda de 2,74%.

Bolsas europeias

As bolsas da Europa fecharam em queda nesta sexta (25), encerrando de forma negativa uma semana marcada pela aversão ao risco nos mercados globais. O avanço recente do coronavírus no continente e os temores quanto à imposição de novas medidas de restrição de movimento pesaram sobre os negócios, pressionados ainda pela desaceleração da retomada econômica.

Nesse ambiente, o índice Stoxx 600 encerrou em baixa de 0,10%, a 355,51 com perda semanal de 3,60%, a mais acentuada em mais de três meses. O subíndice do setor bancário, por sua vez, recuou 1,23%, a 79,27 pontos, após ter batido durante o dia 78,89 pontos, no menor nível de sua história, ainda refletindo o escândalo bancário, revelado na segunda-feira, que denunciou transações suspeitas em pelo menos cinco grandes bancos. Na semana, o Stoxx 600 Banks caiu 7,83%.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 contrariou as demais praças e avançou 0,34%, a 5.842,67 pontos, mas caiu 2,74% na semana. O Reino Unido é um dos países mais atingidos pela nova onda de casos de coronavírus na Europa. Ontem, o país insular confirmou 6,6 mil diagnósticos da doença, avanço diário recorde desde o início da pandemia.

Para a Eurasia, esse cenário pressiona o governo britânico a chegar a um acordo comercial com a União Europeia, para o período subsequente ao Brexit, como é conhecido o processo de saída de Londres do bloco. “Por isso, nós elevamos a probabilidade de haver um pacto até o fim do ano para 60%, de 45% antes”, revela a consultoria.

A França também renovou recorde de contaminações em apenas um dia ontem, com mais de 16 mil infecções confirmadas em 24 horas. Com isso, o índice CAC 40, referência em Paris, cedeu 0,69%, a 4.729,66 pontos, com perda semanal de 4,99%.

Em Frankfurt, o DAX perdeu 1,09%, a 12.469,20 pontos, queda de 4,93% em relação à última sexta-feira. O papel da Lufthansa caiu 2,99%, em meio a relatos de que a companhia aérea deve cortar mais de mil empregos de pilotos, por conta dos efeitos da crise provocada pela covid-19.

Na bolsa de Milão, o FTSE MIB baixou 1,10%, a 18.698,36 pontos, recuo de 4,23% no acumulado das últimas cinco sessões. Nos mercados ibéricos, o PSI 20, de Lisboa, diminuiu 1,33% hoje e 6,04% na semana, a 3.995,60 pontos, enquanto o Ibex 35, de Madri, registrou baixa diária de 0,23% e semanal de 4,35%, a 6.628,30 pontos.

*Com Estadão Conteúdo

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