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Finanças

Bolsa fecha em alta de 1,24% com Wall Street e petróleo; dólar cai

Bolsas americanas e commodities têm movimento de correção; no Brasil inflação encarece alimentos da cesta básica

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O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em alta de 1,24% aos 101.292 pontos nesta quarta-feira (9). O índice voltou a subir desta vez puxado por um movimento de correção nas bolsas americanas que realizaram lucros após vários dias de queda com a venda dos papéis de tecnologia. Dow Jones fechou em alta de 1,60%, enquanto S&P 500 e Nasdaq subiram 2,01% e 2,71%, respectivamente.

Também ajudou no desempenho do Ibovespa, a correção nos preços do petróleo. A commoditie chegou a cair para o seu pior patamar trimestral no começo da semana. Mas, nesta quarta-feira (9), os contratos futuros de petróleo fecharam com ganhos robustos. O barril de petróleo WTI com entrega para outubro teve alta de 3,51%, cotado a US$ 38,05. Enquanto o barril Brent para novembro avançou 2,54%, a US$ 40,79.

Com a alta do petróleo, os papéis da Petrobras também se fortaleceram. As ações preferenciais (PETR4) subiram 2,11% e as ordinárias (PETR3) fecharam em alta de 2,22%.

O dólar recuou com alívio de tensão nos EUA. O dólar comercial fechou cotado a R$ 5,300 com desvalorização de 1,23%. Na máxima do dia, a moeda americana chegou a R$ 5,336.

Enquanto o risco-País caiu, a moeda americana perdeu força de forma generalizada no mercado internacional, sobretudo nos países exportadores de commodities. As mesas de câmbio monitoram ainda a crescente onda de captações brasileiras no exterior, além da fila de mais de 50 nomes para ofertas de ações aqui.

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Os investidores ainda ficaram atentos a suspensão dos testes com a vacina mais avançada da Oxford e da AstraZeneca. Além do resultado do IPCA de agosto, de 0,24%, que veio dentro das expectativas.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques positivos estava o setor de siderurgia, que teve os maiores ganhos com cenário positivo para as commodities. Usiminas (USIM5) foi a maior alta do dia de 6,36%, seguida da CSN (CSNA3) e Gerdau Metalúrgica (GOAU4) que avançaram 4,98% e 4,93%, respectivamente.

No lado oposto do índice, a maior queda do dia foi da Cogna (COGN3) que cedeu 4,07%. Caiu também o IRB Brasil (IRBR3), com baixa de 3,12%. As ações da Gol (GOLL4) recuaram 2,70%, apesar do Deutsche Bank elevar a recomendação dos papéis.

No radar do mercado corporativo também estava a Oi que aprovou a mudança no plano de recuperação judicial da companhia, abrindo espaço para a venda de ativos. Os papéis da empresa (OIBR3;OIBR4) recuaram 3,23% e 5,63%, respectivamente.

Além disso, os papéis do setor de consumo também sofreram variação, em meio ao encarecimento dos alimentos. Para conter o movimento inflacionário, Bolsonaro vai zerar o imposto para importação de alguns itens da cesta básica. O governo deve se reunir até sexta-feira (11) para tratar do assunto. Em resposta, as ações da Via Varejo (VVAR3) fecharam em alta de 1,98%, e as da Magazine Luiza (MGLU3) subiram 4%.

Bolsas americanas

As Bolsas de Nova York registraram altas nesta quarta-feira (9), revertendo parte das perdas nas últimas três sessões. Os ganhos foram apoiados em grande parte pelas empresas de tecnologia. A menor aversão a riscos e as sinalizações de novos estímulos fiscais nos EUA auxiliaram a tendência, embora ainda com impasse sobre o tema entre governo e oposição.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,60%, em 27.940,47 pontos, o S&P 500 avançou 2,01%, a 3.398,96 pontos, e o Nasdaq subiu 2,71%, a 11.441,56 pontos.

As bolsas aceleraram o ritmo de ganhos na última hora de pregão, em um dia marcado pela retomada de fôlego das ações de empresas de tecnologia, após a forte onda de vendas dos últimas sessões.

O papel da Apple subiu 3,99%, acompanhado por Facebook (+0,94%), Amazon (+3,77%), Microsoft (+4,26%) e Twitter (+3,59%), com ganhos nos setores de tecnologia, sobretudo, mas também de serviços de comunicação. O Nasdaq havia perdido cerca de 10% dos seus pontos no acumulado das últimas três sessões.

Acenos pelo retorno das negociações para uma nova rodada de estímulos fiscais nos Estados Unidos ajudaram a alimentar o apetite por risco. Em entrevista à CNN, o líder da oposição no Senado, Chuck Schumer, afirmou que há uma “boa chance” de que o Congresso aprove uma legislação para atenuar os efeitos da crise do coronavírus.

Mais tarde, o presidente da casa, Mitch McConnel, declarou-se “otimista” com a possibilidade de seu partido aprovar os estímulos, dentre eles US$ 300 mensais federais como auxílio aos desempregados. O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, por outro lado, disse não saber o que irá acontecer. “Espero que haja (acordo). É importante para muita gente”, destacou.

O BK Asset indicou que no dia não havia “dados importantes em pauta hoje na América do Norte”, o que levou os “fluxos de mercado” a serem guiados “apenas pelo impulso”, com destaque para a “guerra sobre o estímulo fiscal” em Washington.

*Com informações da Agência Estado

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