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Finanças

Bolsa fecha estável e mantém os 110 mil pontos com feriado nos EUA; dólar sobe

Apesar da liquidez reduzida índice ainda não realizou ganhos

Mais um dia em que o Ibovespa tentou realizar lucro mas não conseguiu. O índice chegou a operar nos 109 mil pontos no pregão desta quinta-feira (26) mas virou para o positivo no final do dia.

O Ibovespa fechou quase estável, com alta de 0,09% aos 110.227 pontos. O volume financeiro desta quinta-feira (26) somou R$ 18,2 bilhões.

Foi um dia de liquidez reduzida com a ausência de Wall Street pelo feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. Amanhã, dia da Black Friday, o expediente em Nova York deve concluir mais cedo, por volta das 15h (horário de Brasília), contribuindo novamente com a menor liquidez dos mercados.

Embora as bolsas americanas não operaram é impossível ignorar o aumento de casos de coronavírus nos EUA, as mortes diárias triplicaram chegando a 2073 na quarta-feira (25).

Esta situação acabou respingando em outros mercados, especialmente na Europa que teve um dia de queda generalizada pela covid-19. Alemanha prorrogou seu lockdown até o dia 20 de dezembro com a possibilidade de extensão até janeiro caso o contágio não diminuir, segundo apontou a chanceler Angela Merkel. A maior queda foi da bolsa de Madri que recuou 0,74%, a 8.104,60.

No Brasil ajudou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com a criação de 394.989 empregos em outubro, bem acima das expectativas dos economistas de 220 mil vagas. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, é possível terminar 2020 perdendo até 300 mil empregos, mesmo assim é uma perda menor do que na recessão de 2015.

Durante o dia houve também ruídos políticos entre Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre o plano de ação para reduzir o risco fiscal brasileiro. Mas Guedes negou o atrito horas depois.

Com a popularidade de Guedes afetada, Bolsonaro tentou dar uma força e afirmou que “nosso posto Ipiranga é insubstituível” em referência ao ministro.

O Ibovespa foi puxado também pelo desempenho de commodities, entre estas Vale e Petrobras, que apresentou seu plano estratégico até 2025.

De acordo com análise técnica do Safra, o Ibovespa está em tendência de alta no curto prazo e segue em direção ao objetivo em 116.500 pontos.

O dólar comercial fechou em alta de 0,28%, cotado a R$ 5,3352. Na máxima do dia, a moeda americana chegou a R$ 5,3583.

O feriado nos EUA nesta quinta-feira esvaziou os negócios no mercado de câmbio. 

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Destaques da Bolsa

Nos destaques positivos do dia subiram: Suzano (SUZB3) com alta de 5,68%, seguida de Petrorio (PRIO3) e CSN (CSNA3) que avançaram 5,17% e 4,53%, respectivamente.

No lado oposto do Ibovespa recuaram: Intermédica (GNDI3) que desvalorizou 2,58% e o Itaú Unibanco (ITUB4) com baixa de 2,11%, Caiu também o Pão de Açúcar (PCAR3) que fechou em queda de 2,06%.

Ainda no cenário corporativo, as varejistas começaram a reagir diante da proximidade da Black Friday. Segundo Murilo Breder, analista da Easynvest, a expectativa é que o número de vendas seja positivo. “Um levantamento da consultoria Ebit/Nielsen apontou que o faturamento das vendas online da Black Friday 2020 deve superar o recorde do ano passado: a estimativa para este ano é de crescimento de 27% nas vendas em relação a 2019, atingindo a marca de R$ 4 bilhões”, comenta.

O setor de varejo estava sofrendo nas últimas semanas diante da disparada da bolsa e a rotação de mercado. Magazine Luiza (MGLU3) fechou hoje em alta de 1,04%, Via Varejo (VVAR3) avançou 2,73% e B2W (BTOW3) subiu 1,27%.

Bolsas na Europa

As bolsas da Europa encerraram o pregão em leve baixa, após oscilar durante a sessão, em meio à falta de liquidez devido ao feriado Ação de Graças nos EUA, que mantém as bolsas de Nova York fechadas. As incertezas geradas pela pandemia de covid-19 contribuem para a cautela. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,12%, aos 391,63 pontos.

Nesta quinta, o economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, destacou que o impacto macroeconômico da pandemia “provavelmente persistirá” mesmo depois que as condições de saúde melhorarem com a aprovação e distribuição de vacinas.

Na Itália, onde o vírus vem deixando um grande número de mortos, as perspectivas negativas para a economia levaram o FTSE MIB a recuar 0,46%, a 22.201,44 pontos.

No Reino Unido, embora tenha sido anunciado o fim do lockdown nacional, as medidas regionais seguirão mantendo restrições de mobilidade na maior parte do território, em virtude da alta presença do vírus.

Além disso, o ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Simon Coveney, descreveu nesta quinta que as conversas entre União Europeia e Reino Unido pelo Brexit estão muito difíceis. Em Londres, o FTSE caiu 0,44%, a 6.362,93 pontos.

Na Alemanha, as restrições para conter a escalada da pandemia devem permanecer em vigor até janeiro, de acordo com a chanceler Angela Merkel. Além disso, a confiança do consumidor no país, divulgada nesta quinta, recuou.

Em Frankfurt, o DAX caiu 0,02%, 13.286,57 pontos. Em setor volátil à circulação de pessoas, a Lufthansa teve baixa de 1,93% nas ações.

O cenário negativo para uma retomada econômica levou empresas do setor de petróleo a sofrerem perdas. A Repsol recuou 3,16% em Madri, e ajudou o IBEX 35 a fechar em baixa de 0,74%, a 8.104,60. BP (-1,51%), Eni (-1,31%) e Total (-0,98%) pressionaram índices. A Galp recuou 2,94% em Lisboa. Além disso, em meio à notícias negativas sobre socorros no setor bancário do país, o BCP Millenium fechou com baixa 2,94% nas ações. O PSI 20 foi pressionado por ambas as empresas, e recuou 0,46%, a 4.607,25 pontos.

Tecnologia e comunicação tiveram alguns dos melhores desempenhos na sessão.

Na França, a Orange avançou 1,20%, e minimizou as perdas do CAC 40 em Paris, que recuou 0,08%, a 5.566,79 pontos.

*Com Reuters e Agência Estado

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