A surfista Luara Mandelli, de 14 anos, foi uma das campeãs do torneio feminino realizado na Praia da Grama, em uma piscina de ondas artificiais, em Itupeva, no interior de São Paulo. Luara pratica o esporte desde os 7 anos, mas essa foi a primeira vez que ela recebeu um prêmio em criptomoedas. O campeonato aconteceu no último dia 17 de maio.
“Eu nunca tinha visto, nem sabia exatamente o que era, mas achei bem legal”, disse a surfista que ficou na terceira posição no pódio e recebeu o prêmio equivalente a R$ 3 mil em criptoativos.
Luara foi convidada para participar da primeira edição do Red Bull Pool Clash. O torneio fechado contou com um feito inédito no esporte: os vencedores foram premiados, pela primeira vez, com criptoativos.
Para Victoria Schutz, head of prime na Transfero, empresa internacional de soluções financeiras baseadas em tecnologia blockchain que apoiou o evento, foi a primeira vez que o universo digital embarcou na onda do surf.
“Foi a primeira competição do mundo nesse esporte em que os vencedores receberam em cripto, utilizando o BRZ, uma stablecoin com paridade de 1 para 1 com o real, para o pagamento dos prêmios.”
A adolescente mora em Matinhos, uma cidade praiana do Paraná, na região Sul do país, e é filha de surfistas profissionais. Ela foi uma das mais novas competidoras do torneio realizado no mês passado.
Sua mãe, Thiara Mandelli, disse que teve que vender a criptomoeda logo após a premiação, pois vai viajar com a filha para a Indonésia para que ela possa se aperfeiçoar no esporte e precisava de recursos financeiros. A Indonésia é um país localizado entre os oceanos Índico e Pacífico, conhecido por suas excelentes ondas.
“Ela já tinha recebido algumas premiações em dinheiro, mas em criptomoedas foi a primeira vez. A gente ainda não conhecia o ativo digital, foi legal porque eu pude me aprofundar no assunto. Em função da gente estar viajando para fora do Brasil pra ela buscar aprimoramento técnico, a gente já fez o resgate, senão a ideia teria sido deixar lá pra gente ir poupando”, afirmou.
Para Luiza Maggessi, diretora executiva de produção da NWB, o esporte é o meio pelo qual os fãs se conectam com as marcas de forma genuína
“As criptomoedas e outros ativos digitais entraram de vez nas mais variadas modalidades esportivas. Isso acontece porque, cada vez mais, as audiências buscam formas de se aproximar dos seus ídolos e, esses ativos permitem aos fãs adquirirem itens como fan tokens, por exemplo, que ao mesmo tempo que são investimentos, são itens de um atleta, de um time. Isso causa uma conexão imediata entre creators e fãs e as marcas estão se aproveitando disso para se conectar de forma genuína com essas audiências e nada melhor do que esportes como futebol e surf, que são grandes paixões mundiais.”
Competição
No total, 40 atletas participaram da competição fechada, divididos em categorias masculina e feminina, encararam duas baterias livres e foram julgados por performance, técnica e outros atributos.
Os vencedores de cada categoria receberam 8 mil BRZs (1º lugar), 5 mil BRZs (2º lugar) e 3 mil BRZs (3º lugar).
Entre os convidados, estavam grandes nomes do surf como Adriano de Souza, campeão mundial, além dos surfistas Pedro Scooby e Carlos Burle.
A parceria da empresa com a Red Bull é inédita em eventos esportivos, mas outras empresas do universo cripto também já adotam estratégias para estimular os mais diversos esportes. O principal evento esportivo do mundo, a Copa de 2022, terá como patrocinadora a Crypto.com, que fechou acordo com a FIFA em março deste ano.
O que são criptomoedas?
As criptomoedas são moedas digitais e recebem esse nome pois, por meio da criptografia, as transações são confirmadas. Além disso, diferentemente das moedas regulares, elas não podem ser tocadas, ou seja, só existem na internet.
As criptomoedas são descentralizadas, ou seja, não são reguladas por terceiros e podem ser comercializadas sem intermediários 24 horas por dia e 7 dias por semana.
O ativo digital usa uma tecnologia conhecida como blockchain, que funciona como uma cadeia de registros que fazem transações descentralizadas e autônomas, registrando todas as transações que ocorrem pelo mundo. Essas informações armazenadas em blocos são protegidas por um código exclusivo. As operações de compras e vendas de criptos não dependem apenas de um servidor, mas de um sistema aberto a todos os usuários.
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