O lucro líquido somado do Banco do Brasil (BBSA3), Bradesco (BBDC3-BBDC4), Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander (SANB11) foi de R$ 81,6 bilhões no ano passado. Este é o maior valor nominal já registrado desde 2006, segundo a Economatica.
O recorde anterior foi batido em 2019, ano anterior à pandemia. Nesse período, o lucro nominal somado foi de R$ 81,5 bilhões. E mesmo quando considerada a inflação até dezembro de 2021, é também em 2019 o ano com o maior lucro consolidado.
Os resultados dos grandes bancos são considerados como positivos para analistas, porém, com inflação em alta, nível de inadimplência e endividamento das famílias, o ano deve ser desafiador para as instituições financeiras.
Porém, com a escalada da taxa Selic, os bancos são beneficiados pelos spreads – que é a diferença entre os juros que os bancos pagam para o investidor e os juros cobrados em empréstimos e financiamentos para quem empresta dinheiro. Sendo assim, o mercado aguarda um mix de carteira de crédito mais rentável além de dividends yields mais atraentes.
Quanto aos temores no radar, estão, competição mais agressiva entre os bancos, possíveis intervenções regulatórias, riscos fiscais relacionados ao potencial fim dos juros sobre o Capital Próprio e aumento no imposto dos bancos.
No Cafeína desta quinta-feira, 17, Samy Dana e Dony De Nuccio fazem um balanço dos últimos resultados divulgados por Itaú-Unibanco, Santander, Bradesco e Banco do Brasil.
