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Finanças

Ibovespa fecha em queda com Lula, balanços e NY sob holofotes; dólar sobe

Presidente do país afirmou afirmou que a meta fiscal de 2024 não precisa ser zero e que o objetivo dificilmente será alcançado.

O Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores brasileira, fechou em queda nesta sexta-feira (27), marcada por uma bateria de notícias corporativas e desempenho misto em Wall Street, renovando mínimas da sessão à tarde após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que a meta fiscal zero de 2024 dificilmente será alcançada. Já o dólar avançou ante o real.

No dia, o Ibovespa recuou 1,29%, aos 113.301 pontos. Já na semana, o indicador acumulou ganho de 0,13%. O dólar, por sua vez, subiu 0,46%, negociado a R$ 5,0126, e encerrou a semana com perda acumulada de 0,35%.

Cenário interno

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teceu comentários sobre a economia brasileira na tarde desta sexta-feira. Dentre as falas, Lula afirmou que a meta fiscal de 2024 não precisa ser zero e que o objetivo dificilmente será alcançado, já que não pretende cortar investimentos para atingi-lo, ressaltando que o mercado muitas vezes cobra o cumprimento de algo que sabe que não será cumprido.

Em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto, Lula afirmou que entende a disposição do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas fez uma série de ponderações em relação à meta.

“Nós dificilmente chegaremos à meta zero, até porque não quero fazer cortes em investimentos de obras”, afirmou.

16/01/2023 REUTERS/Adriano Machado

“Tudo que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal a gente vai fazer. O que eu posso dizer é que ela não precisa ser zero, a gente não precisa disso. Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias para este país”, disse.

De acordo com o presidente, um eventual rombo de 0,25% ou 0,50% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 não é “nada, praticamente nada”.

Outro destaque do dia é a Petrobras (PETR4), que informou que a sua produção de petróleo no Brasil subiu 9,6% entre julho e setembro ante igual período do ano passado, principalmente devido ao desempenho operacional de plataformas do pré-sal e ao menor volume de paradas e manutenções de unidades, informou a companhia em seu relatório de produção e vendas nesta quinta-feira.

A Petrobras produziu média de 2,32 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no país no terceiro trimestre, versus 2,11 milhões de bpd nos mesmos três meses de 2022.

Tanques da Petrobras, em Brasília
Tanques da Petrobras, em Brasília 25/7/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino

Na comparação com o segundo trimestre deste ano houve um aumento de 10,3%, acrescentou a companhia.

Além disso, a Usiminas (USIM5) divulgou nesta sexta-feira prejuízo líquido de R$ 166 milhões no terceiro trimestre, revertendo resultados positivos obtidos no mesmo período de 2022 e no segundo trimestre deste ano, com queda na receita e vendas de aço em baixa.

Cenário externo

Os gastos dos consumidores dos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em setembro, mantendo-se em uma trajetória de crescimento mais alta rumo ao quarto trimestre, enquanto a inflação mensal avançou.

Mulher carregando sacola de compras caminha no bairro nova-iorquino de SoHo 21/09/2023 REUTERS/Bing Guan

Os gastos dos consumidores, que representam mais de dois terços da atividade econômica norte-americana, aumentaram 0,7% no mês passado, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira. Os dados de agosto não foram revisados e mostraram que os gastos aumentaram 0,4%.

Economistas consultados pela Reuters previram um aumento de 0,5% nos gastos. Os dados foram incluídos no relatório antecipado do Produto Interno Bruto para o terceiro trimestre, publicado na quinta-feira, que mostrou uma aceleração acentuada dos gastos dos consumidores, contribuindo para o ritmo mais rápido de crescimento econômico em quase dois anos.

Bolsas mundiais

Wall Street

Os principais índices acionários nos Estados Unidos fecharam sem direção única nesta sexta-feira, à medida que investidores digeriam os efeitos de uma semana carregada de balanços corporativos, bem como dados econômicos que parecem apoiar o cenário de juros “mais altos por mais tempo”.

O Dow Jones caiu 1,12%, para 32.417,59 pontos. O S&P 500 perdeu 0,48%, para 4.117,37 pontos. O Nasdaq subiu 0,38%, para 12.643,01 pontos.

Europa

As ações europeias recuaram para os menores níveis em quase sete meses nesta sexta-feira, na segunda semana seguida de queda, com o índice francês CAC 40 liderando as perdas após a Sanofi retirar projeção de margem de lucro para 2025.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,84%, a 429,58 pontos. O setor de saúde teve o pior desempenho, com baixa de 2,9%.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,86%, a 7.291,28 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,30%, a 14.687,41 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 1,36%, a 6.795,38 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,80%, a 27.287,45 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,50%, a 8.918,30 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,46%, a 6.213,08 pontos.

(*Com informações da Reuters.)

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