Finanças
Crime em segmento ‘DeFi’ da indústria de criptomoedas atinge recorde em 2021
O setor registrou perdas recordes de US$ 474 milhões entre janeiro e julho.
Perdas com roubos, hacks e fraudes em finanças descentralizadas, ou “DeFi“, segmento no setor de criptomoedas, atingiram um recorde nos primeiros sete meses do ano, mostrou uma pesquisa da empresa CipherTrace nesta terça-feira (10).
Os aplicativos DeFi, muitos executados no blockchain Ethereum, são plataformas financeiras que permitem empréstimos denominados em criptomoedas e realizados fora dos bancos tradicionais. O setor DeFi registrou perdas recordes de US$ 474 milhões entre janeiro e julho.
“Não deveria ser uma surpresa que, à medida que o ecossistema DeFi se expande, o mesmo ocorre com os crimes”, disse Dave Jevans, presidente da CipherTrace.
O valor bloqueado – o total de empréstimos nas plataformas DeFi – era de US$ 80,4 bilhões na segunda-feira (09), abaixo dos 86 bilhões em meados de maio, mostraram os dados, mais de 600% em relação aos 11 bilhões em outubro do ano passado.
Existem dois tipos de crimes DeFi: o hack de um protocolo DeFi por estranhos, ou um “tapete puxado”, disse a CipherTrace. Um tapete puxado é quando os desenvolvedores abandonam um projeto e fogem com o dinheiro dos investidores.
A maior parte dos crimes DeFi neste ano parecem ter sido conduzidos por hacks e somaram US$ 361 milhões, ou 76% do total. Os 24% restantes são relacionados aos “tapetes puxados”.
Na sexta-feira (06), a SEC anunciou que acusou a financeira Blockchain Credit Partners e dois de seus principais executivos de levantarem US$ 30 milhões por meio de ofertas fraudulentas. O caso marcou o primeiro envolvimento da SEC no segmento DeFi.
Apesar da alta nos crimes DeFi, as perdas com o crime no mercado geral de criptomoedas caíram drasticamente para US$ 681 milhões no fim de julho, ante 1,9 bilhão em todo o ano de 2020 e 4,5 bilhões em 2019.
A queda refletiu a maturidade crescente do setor e a melhor infraestrutura de segurança, segundo a pesquisa.
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