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Finanças

CVC contrata Citi e Itaú para potencial follow-on; ações sobem

O volume efetivo da oferta ainda não foi determinado, como também o preço por ação e prazos.

A CVC (CVCB3) anunciou nesta sexta-feira (9) a contratação de Citigroup e Itaú BBA para coordenação de uma potencial oferta subsequente de ações (follow-on) para captar pelo menos R$ 200 milhões, informou a companhia de viagens em fato relevante.

As ações subiram 9,86% nesta sexta, a R$ 4,57. Na semana, a disparada foi de 26,94% – maior alta do Ibovespa.

A empresa afirmou que pretende que a oferta permita a entrega de “bônus de subscrição”, que concederá aos investidores direito de subscrever uma ação no prazo e pelo preço a serem determinados pela companhia.

A CVC afirmou ainda que a potencial oferta poderá incluir lotes de ações adicionais e/ou suplementares. No entanto, o volume efetivo da oferta ainda não foi determinado, como também o preço por ação e prazos.

Recentemente, a companhia anunciou Fabio Martinelli Godinho como novo CEO após a renúncia de Leonel Andrade, que deixou a companhia em meio à crise financeira, após três anos no cargo. A chegada do novo CEO foi anunciada com o aporte de capital do fundo que pertence a Guilherme Paulus, fundador da companhia.

CVC Crédito: Divulgação CVC

Segundo Fabricio Gonçalves, CEO da Box Asset Management, o anúncio da CVC sobre o novo CEO e o aporte de capital do antigo controlador gerou um voto de confiança por parte do mercado.

“Essa movimentação estratégica é vista como positiva pelos analistas do banco J.P. Morgan, principalmente devido à experiência do novo CEO no setor de turismo e à sua familiaridade prévia com a empresa. Além disso, o compromisso do fundador da CVC em investir R$ 75 milhões na futura oferta pública de ações demonstra seu apoio à reestruturação da companhia”, disse.

Ainda segundo Gonçalves, embora o cenário continue desafiador para a empresa, as ações da CVC têm apresentado bom desempenho após os anúncios, portanto, “para os investidores interessados no setor de turismo e em empresas com iniciativas de reestruturação, essa notícia pode representar uma oportunidade de investimento a ser considerada. No entanto, é recomendado acompanhar de perto a execução do plano anunciado e monitorar os resultados da empresa nos próximos trimestres para uma avaliação mais precisa do seu desempenho no mercado”.

Já para Lucas Lima, analista de ações da VG Research, esse movimento já era esperado pelo mercado porque faz parte de um dos acordos que a CVC assumiu no reperfilamento de sua dívida.

“Visualizamos as notícias sobre novos investimentos da companhia como positivo diante a delicada estrutura de capital da companhia atualmente, e o possível novo CEO possui mais de 15 anos de experiência no mercado de turismo e hospitalidade. Parece ser um novo momento para CVC em termos de gestão, com a administração buscando executivos antigos e que entendem bem sobre a companhia e o setor de turismo”

Lucas Lima, analista de ações da VG Research

O analista técnico da Top Gain, Matheus Lima, também vê com bons olhos a oferta de ações dado a redução na alavancagem financeira da companhia e expectativa de entrar em caixa pelo menos R$ 200 milhões.

“O bônus de subscrição da CVC foi o suficiente para causar um ânimo com o papel além da expectativa de redução da sua alavancagem”.

Matheus Lima, analista técnico da TOP GAIN

Prejuízo no 1º tri

Apesar do prejuízo líquido de R$ 128 milhões no primeiro trimestre de 2023, o número foi 23% menor do que o reportado em igual período de 2022. Mas o Ebitda de R$ 15,8 milhões apresentou queda de 52,5%. Já a receita líquida no mesmo intervalo foi de R$ 295,5 milhões, alta de 0,9%.

As Reservas Confirmadas e Consumidas cresceram respectivamente 44% e 33% na comparação anual pela retomada de vendas de todas as unidades de negócio. Destaca-se, nas Reservas Consumidas, a participação do produto marítimo, com 800% de crescimento, e a continuidade pela demanda de viagens internacionais, com avanço de 71% no mesmo período.

take rate (parcela do que a companhia recebe que fica no negócio) teve impacto por um desempenho aquém do esperado em produtos exclusivos, alto consumo das reservas confirmadas do período de Black Friday e participação recorde de produto marítimo. O indicador ficou em 7,4%, com queda de 2,3 pontos porcentuais.

(*Com informações da Reuters)

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