Analisando os dez fundos imobiliários que entregaram os maiores retornos de cotas mais a distribuição de rendimentos, o fundo da Devant (DEVA11) liderou os ganhos do IFIX (índice de fundos imobiliários) em maio.
Segundo o Clube FII, o fundo de recebíveis encerrou o mês com retorno de 38,47%, enquanto o IFIX teve alta de 5,43% em igual período. O indicador de fundos imobiliários superou o CDI, que rendeu 1,07%, segundo levantamento do TradeMap.
Veja abaixo lista completa dos fundos imobiliários mais rentáveis de maio segundo o Clube FII:
Fundo Imobiliário | Variação + Distribuições |
Devant Recebíveis Imobiliários (DEVA11) | 38,47% |
Hectare CE (HCTR11) | 30,28% |
Versalhes Recebíveis Imobiliários (VSLH11) | 22,80% |
Banestes Recebíveis Imobiliários (BCRI11) | 17,97% |
Tordesilhas EI (TORD11) | 15,95% |
Santander Renda de Aluguéis (SARE11) | 14,41% |
RBR Log (RBRL11) | 14,15% |
Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) | 13,70% |
NCH Brasil Recebíveis Imobiliários (NCHB11) | 12,93% |
Vinci Credit Securities (VCRI11) | 12,45% |
Os fundos de recebíveis, aqueles que investem em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) dominam o ranking. Devant Recebíveis (DEVA11), Hectare (HCTR11), Versalhes Recebíveis (VSLH11), Banestes Recebíveis (BRCI11), Tordesilhas (TORD11) e NCH Brasil (NCHB11) registraram os maiores ganhos.
Apesar da crise de crédito que atingiu securitizadoras de títulos de dívida imobiliária, gestores apontam que este talvez seja um dos melhores momentos para fundos imobiliários (FIIs) de papel (que investem em dívida no setor).
“Os FIIs de CRIs aguentam cenários mais adversos já que eles têm em sua maioria uma carteira bem pulverizada. E mesmo que os juros caiam, os CRIs alocados majoritariamente em inflação devem conseguir entregar maior retorno que o CDI”, disse Pedro Galvão, da CSGH, durante evento recente sobre a modalidade.
Crise de securitizadoras
Recentemente, securitizadoras de recebíveis pediram recuperação judicial, a exemplo do Grupo Gramado Parks. A empresa gaúcha é emissora de uma série de CRIs que estão na carteira de diversos fundos imobiliários. Em abril, a empresa alegou que tinha dívidas acumuladas em R$ 1,36 bilhão.
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