“A expectativa de uma inflação mais baixa geralmente tende a reduzir as taxas de juros de curto prazo”, explica Fabrício Gonçalvez, presidente da Box Asset Management. “O Banco Central pode ser menos inclinado a aumentar as taxas de juros para conter a inflação.” Assim, a parte inicial da curva de juros pode ser afetada, com taxas de curto prazo caindo.
Neste cenário, Jonas Carvalho, fundador da Hike Capital, explica que títulos prefixados ou indexados à inflação são favorecidos na marcação a mercado. Segundo o especialista, a intensidade da valorização irá depender da duração deles e da intensidade da queda da parte longa da curva de juros. Títulos atrelados à inflação com prazos mais longos vão oscilar mais.
Ao mesmo tempo, Alexandre Lohmann, economista-chefe da Constância Investimentos, explica que a alta das taxas de juros dos EUA continua também a mexer com a curva de juros. Assim, os prefixados poderão sofrer na marcação a mercado com o aumento das taxas longas.