O mercado reduziu sua previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023 para 4,65%, contra taxa de 4,75% na semana anterior, segundo o Boletim Focus. Economistas consultados pelo InvestNews analisam que a expectativa de uma inflação mais baixa no ano tende a reduzir as taxas de juros de curto prazo e prejudicar os títulos do Tesouro prefixados com prazos mais curtos.
“A expectativa de uma inflação mais baixa geralmente tende a reduzir as taxas de juros de curto prazo”, explica Fabrício Gonçalvez, presidente da Box Asset Management. “O Banco Central pode ser menos inclinado a aumentar as taxas de juros para conter a inflação.” Assim, a parte inicial da curva de juros pode ser afetada, com taxas de curto prazo caindo.
Neste cenário, Jonas Carvalho, fundador da Hike Capital, explica que títulos prefixados ou indexados à inflação são favorecidos na marcação a mercado. Segundo o especialista, a intensidade da valorização irá depender da duração deles e da intensidade da queda da parte longa da curva de juros. Títulos atrelados à inflação com prazos mais longos vão oscilar mais.
Ao mesmo tempo, Alexandre Lohmann, economista-chefe da Constância Investimentos, explica que a alta das taxas de juros dos EUA continua também a mexer com a curva de juros. Assim, os prefixados poderão sofrer na marcação a mercado com o aumento das taxas longas.
Veja também
- Como o Drex pode se tornar o ‘carro autônomo’ das suas finanças
- O preço do amanhã: quanto colocar no Tesouro Renda+ para receber R$ 5 mil por mês de aposentadoria extra
- Expectativa por dinheiro mais barato bomba o Ibovespa – e a renda fixa também
- O Renda+ na era do IPCA+6%: ganhos de até 1.800% acima da inflação
- Demanda por título público atrelado à inflação cai e dificulta gestão da dívida pelo Tesouro